Caos no Amazonas: além do negacionismo criminoso e da irresponsabilidade genocida, Bolsonaro é covarde

 
Se no dicionário do presidente Jair Bolsonaro faltam alguns vernáculos essenciais, inteligência, humildade e coerência são alguns deles. Contudo, sobram palavras como estupidez, populismo e canalhice. Sempre pronto para escapar da responsabilidade como governante, Bolsonaro é o “covarde padrão” que transfere a terceiros a culpa pelos próprios erros.

Destilando sua devastadora ignorância, Bolsonaro afirmou nesta sexta-feira (15) que a situação da pandemia de Covid-19 no Amazonas está “terrível”, mas isentou o próprio governo de responsabilidade, não sem antes afirmar que “fez sua parte, com recursos, meios”.

O presidente ressaltou que as Forças Armadas estão concentradas na região para colaborar com o sistema público de saúde, que se encontra em colapso e enfrenta problemas graves como falta vagas em UTI e de oxigênio, itens imprescindíveis no tratamento de casos graves de Covid-19.

“A gente está sempre fazendo o que tem que fazer, né? Problema em Manaus: terrível o problema lá, agora nós fizemos a nossa parte, com recursos, meios”, declarou Bolsonaro. “O ministro da Saúde [Eduardo Pazuello] esteve lá na segunda-feira, providenciou oxigênio, começou o tratamento precoce, que alguns criticam ainda”, completou.

Em que pese a estratégia sórdida de disassociar o governo federal do caos que se instalou no Amazonas, Bolsonaro e ministros precisam responder criminalmente pelas mortes ocorridas em Manaus no rastro da devastadora realidade que emoldura a pandemia no estado nortista.

 
Tanto é assim, que uma ação civil pública foi ajuizada na quinta-feira na Justiça Federal de Manaus. Cinco órgãos públicos federais e estaduais afirmam na ação que a responsabilidade por uma solução no Amazonas é do governo de Jair Bolsonaro.

A ação foi ajuizada por representantes do MPF (Ministério Público Federal), DPU (Defensoria Pública da União), Ministério Público do Estado do Amazonas, Defensoria Pública do Estado do Amazonas e Ministério Público de Contas do Estado do Amazonas.

A ordem que impera no Palácio do Planalto é trabalhar incansavelmente para tirar o governo federal do olho do furacão que se formou no Amazonas em razão da disparada de casos, internações e mortes por Covid-19.

Uma das estratégias dos palacianos é enfatizar que uma decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) deixou o governo federal de mão atadas em relação ao combate à pandemia do novo coronavírus.

É importante ressaltar que a decisão do STF foi tomada para impedir que as bizarrices vociferadas por Bolsonaro no tocante à pandemia não comprometessem o combate à Covid-19 em todo o País, permitindo que governadores e prefeitos assumissem regionalmente o controle das ações contra o novo coronavírus. Ou seja, o Supremo livrou estados e municípios do negacionismo criminoso e da irresponsabilidade genocida do presidente da República.

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