A Alemanha decidiu nesta terça-feira (19) estender até 14 de fevereiro o lockdown em vigor no país e que deveria terminar no fim de janeiro. A decisão foi tomada durante reunião da chanceler Angela Merkel com os governadores dos 16 estados, que durou mais de sete horas. O governo também anunciou novas restrições com o objetivo de conter o avanço da pandemia de Covid-19.
Essa é a segunda prorrogação do lockdown, que deveria chegar ao fim em 10 de janeiro. Com a nova decisão, bares, restaurantes, hotéis, academias de ginástica, cinemas, teatros e diversos estabelecimentos comerciais deverão seguir fechados. Já escolas e jardins de infância deverão reabrir apenas em 15 de fevereiro.
“Agora é a hora de tomar medidas preventivas contra o coronavírus”, afirmou Merkel. “Nossos esforços para conter o vírus estão ameaçados por um sério perigo”, disse se referindo à nova cepa do vírus que causou uma explosão de casos no Reino Unido.
Angela Merkel defendeu o fechamento das escolas e destacou que os presentes na reunião estavam cientes que essas são “restrições inacreditáveis”, mas lembrou que há indícios que uma mutação do vírus tem se espalhado fortemente entre jovens e crianças. “Precisamos levar isso a sério”, acrescentou.
A chanceler alemã afirmou que a queda no número de casos nos últimos dias “encorajam”. A meta do governo continua sendo levar a incidência de Covid-19 por 100 mil habitantes para um patamar abaixo de 50, em sete dias, permitindo que as cadeias de infecção possam ser rastreadas novamente.
Novas medidas
Uma medida adicional definida na reunião é o uso obrigatório de máscaras cirúrgicas ou N95 no transporte público e em estabelecimentos comerciais.
As autoridades também querem incentivar as empresas a adotar o home office, mas não se decidiram pela obrigatoriedade. Ao menos até 15 de março, as empresas deverão, porém, permitir o trabalho de casa sempre que julgarem que as atividades assim o permitirem.
A ampliação do home office faria com que menos pessoas utilizassem o transporte público, o que, por sua vez, tornaria mais fácil manter distância dentro de ônibus e trens.
As restrições de contato já em vigor vão continuar valendo, ou seja, os encontros privados são permitidos apenas para os moradores de uma mesma residência com no máximo uma pessoa de fora. Um eventual toque de recolher, que vinha sendo considerado, foi deixado de lado.
Doença ainda avança no país
O lockdown de 16 de dezembro foi imposto após uma tentativa de bloqueio parcial no início de novembro, que não conseguiu conter a explosão de casos na Alemanha. Na ocasião, o comércio e as escolas permaneceram abertos, enquanto foram impostas severas restrições a shows, hotéis e academias de ginástica.
Contudo, nem as medidas mais rígidas impostas a partir da segunda metade de dezembro surtiram o efeito esperado até o momento. No último mês de 2020, a Alemanha teve o maior número de mortes desde o início da pandemia, chegando a registrar recordes de mais de mil óbitos por dia, além de um forte aumento do número de infecções. A situação levou várias lideranças políticas a pedirem a ampliação das medidas de contenção.
A reabertura das escolas e jardins de infância havia se tornado um dos pontos mais debatidos entre as lideranças políticas do país. Novos estudos afirmam que o coronavírus se espalha com maior intensidade nas escolas do que se pensava inicialmente.
Nesta terça-feira, a Alemanha registrou mais 989 mortes associadas à Covid-19, elevando o total desde o início da pandemia para 47.622. O país contabilizou 11.369 infecções em 24 horas, o que fez o número de casos acumulados passar de 2 milhões. O país iniciou no fim de dezembro uma campanha nacional de vacinação. Até o momento, mais de 1,1 milhão dos 83 milhões de habitantes receberam a primeira dose da vacina. (Com agências internacionais)
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