Registros de variantes do novo coronavírus causam preocupação e levam cidades de SP ao “lockdown”

 
Até segunda-feira (15), o estado de São Paulo registrou 25 casos da variante do novo coronavírus de Manaus. Dos casos, 16 são autóctones (transmissão local), possivelmente porque os contaminados entraram em contato direto com pessoas que estiveram no Amazonas ou o contágio ocorreu em etapas secundárias da contaminação.

A maior parte dos casos da nova cepa foram detectadas em Araraquara, importante cidade do interior paulista, que decretou “lockdown” por 15 dias como forma de conter a propagação da doença e evitar o congestionamento nos hospitais que contam com leitos de UTI para Covid-19. O prefeito de Araraquara, Edinho Silva (PT), já solicitou ao governo do estado a transferência de pacientes para outros municípios com o objetivo de descongestionar os hospitais locais.

O decreto municipal que impôs “lockdown” em Araraquara determina que apenas serviços essenciais podem funcionar e com como horário limitado: supermercados até as 20 horas, postos de combustíveis até 19 horas. Em qualquer horário, as pessoas precisam justificar a presença nas ruas da cidade que tem 238 mil habitantes.

Muitas cidades do interior de São Paulo têm endurecido as medidas diante da iminência de colapso do sistema de saúde. De acordo com a Secretaria Estadual da Saúde, os casos da nova variante foram detectados em Araraquara (12), Jaú (3) e Águas de Lindoia (1). Há outros sete relatos confirmados da variante britânica, todos de janeiro: cinco na capital e dois em Sorocaba. Todos também são de pessoas que tiveram contado com alguém de vindo Londres, o que descarta por enquanto a possibilidade de transmissão autóctone.

 
Após confirmar três casos da variante de Manaus do novo coronavírus, a prefeitura de Jaú, região central do estado de São Paulo, já enfrenta superlotação dos leitos de UTI no único hospital de referência para Covid-19 na cidade, a Santa Casa. Com 151 mil habitantes, Jaú registra média de cinco mortes por dia.

Em Guapiara, no sudoeste do estado, o toque de recolher vale das 14 às 6 horas, com multa para quem descumprir a medida. Em Américo Brasiliense, o “lockdown” adotado vale por 15 dias.

Na capital paulista, o secretário municipal de Saúde, Edson Aparecido, afirmou especialistas tentam investigar a procedência do paciente detectado com a nova cepa desde o primeiro contato com as unidades de saúde. No Hospital de Pirituba, por exemplo, há uma ala com dez leitos voltados para internação de casos ligados à nova variante.

“Não tem como baixar a guarda, fazemos o acompanhamento dia a dia. O que a gente tem de informação é que a variante tem um grau de transmissibilidade maior, mas não teria agravamento. Precisamos ver o reflexo disso nos casos e internações”, afirmou Aparecido.

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