Fim do auxílio emergencial e impasse na vacinação fazem desaprovação do governo Bolsonaro subir a 35%

 
O que se esperava no âmbito da política acabou acontecendo: a popularidade do presidente Jair Bolsonaro caiu nos primeiros meses de 2021. É o que revelam dados de pesquisa do Instituto MDA, realizada a pedido da Confederação Nacional do Transporte (CNT).

Segundo a pesquisa, a avaliação positiva do governo (ótimo e bom) caiu de 41%, em outubro de 2020, para 33% em fevereiro deste ano. O recuo de oito pontos porcentuais levou o índice ao mesmo patamar de maio de 2020, quando 32% consideravam a gestão Bolsonaro de forma positiva.

Com o pagamento do auxílio emergencial a trabalhadores informais e desempregados, a avaliação positiva do governo subiu, situação revertida no começo deste ano, após o fim do benefício.

Esse movimento negativo, antecipado pelo UCHO.INFO, se deve principalmente ao aumento da miséria no País. Com o fim do auxílio, 2 milhões de brasileiros passaram a integrar o chamado “bolsão da miséria”, que antes da pandemia já não era pequeno, pelo contrário.

 
Além disso, a maneira como o governo vem enfrentando a crise sanitária também pesou no resultado da pesquisa. O atraso na aquisição de vacinas e as incertezas que pairam sobre a pandemia têm levado preocupação à maioria da população, que entre a necessidade de trabalhar e o temor de ser contaminada acaba sem saber que decisão tomar.

A avaliação negativa (ruim e péssimo) saltou de 27% para 35% de outubro para fevereiro. Outros 30% consideram a administração regular; isso não significa que a avaliação seja positiva. Nesse quesito, os entrevistados são questionados de que maneira avaliam o governo do presidente Jair Bolsonaro: ótimo, bom, regular ou péssimo.

O índice de aprovação pessoal de Jair Bolsonaro também caiu oito pontos em quatro meses, indo de 52% para 44%. Nesse quesito, o instituto questionou os entrevistados se aprovam ou desaprovam o desempenho pessoal do presidente da República. A rejeição subiu de 43% para 51% no mesmo período. Ou seja, a reprovação superou a aprovação.

A pesquisa foi feita com 2.002 entrevistados em 137 municípios do Brasil de 18 a 20 de fevereiro. A margem de erro do levantamento é de dois pontos porcentuais, com 95% de nível de confiança.

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