Covid-19: Brasil registra 2.639 mortes e 97.586 novos casos da doença em 24 horas

 
Com a pandemia avançando a passos largos, o Brasil registrou 2.639 mortes por Covid-19 nas últimas 24 horas, totalizando 303.726 óbitos desde o início da pandemia. Os dados são do Consórcio Nacional de Secretários de Saúde (Conass) e foram divulgados na noite desta quinta-feira (25) pelo consórcio de veículos de imprensa.

A média móvel de mortes pela doença nos últimos sete dias ficou em 2.276, alta de 29% na comparação com o índice de óbitos de quatorze dias atrás. Há 64 dias a média móvel de mortes está acima de 1 mil; pelo décimo oitavo dia, acima de 1,5 mil; e há 9 dias, acima dos 2 mil mortos por dia.

Estudo realizado pelo pesquisador Márcio Watanabe, da Universidade Federal Fluminense (UFF), aponta que sem a decretação de “lockdown” o Brasil chegará à marca de 5 mil mortes por Covid-19 até o final de abril.

Em relação a casos confirmados, nas últimas 24 horas foram registrados 97.586 diagnósticos positivos, a maior marca em um só dia, superando o índice de 17 de março passado, quando o número chegou a 90.830. Desde o começo da crise sanitária no País, 12.324.765 brasileiros contraíram o novo coronavírus.

A média móvel de casos nos últimos sete dias foi de 76.738 novos diagnósticos diários (índice recorde), alta de 8% em relação aos casos registrados há quatorze dias. Considerando o colapso do sistema de saúde (público e provado), o ritmo do contágio pelo novo coronavírus causa preocupação, algo que se reflete no número de óbitos.

 
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Os números reais de casos e de óbitos pela doença são muito maiores, principalmente por causa da baixa testagem em larga escala e da subnotificação, como tem afirmado o UCHO.INFO desde o primeiro registro da presença do novo coronavírus em território brasileiro. Autoridades de saúde reconhecem que o cenário provocado pelo novo coronavírus no Brasil é muito mais grave e preocupante. Pelos nossos cálculos, com base em informações de especialistas em epidemiologia, o número de mortes por Covid-19 no Brasil é pelo menos 50% maior.

De acordo com dados do Conass, 20 unidades da federação têm curva de mortes em alta: Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, São Paulo, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Minas Gerais, Distrito Federal, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Tocantins, Amapá, Rondônia, Alagoas, Bahia, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte e Sergipe. Cinco estados brasileiros têm curva de mortes estável: Goiás, Acre, Pará, Ceará e Maranhão. Dois estados registram queda no número de mortes: Amazonas e Roraima.

Segundo o Ministério da Saúde, 10.689.646 pacientes se recuperaram da Covid-19 até a noite de quarta-feira (24). O Conass não divulga o número de recuperados. Até esta quinta-feira, 14.074.577 pessoas receberam a primeira dose da vacina contra o novo coronavírus, o que representa 6,65% da população brasileira. A segunda dose da vacina foi aplicada em 4.515.631 pessoas, equivalente a 2,13% da população. Considerando que as vacinas disponíveis no País exigem dose de reforço (segunda dose), o Brasil está muito longe da meta de vacinar 75% da população para conter a circulação do novo coronavírus.

A taxa de mortalidade por grupo de 100 mil habitantes subiu para 144,4 no Brasil, a 18ª mais alta do planeta, desconsiderados países classificados com pequenos – Andorra, Liechtenstein e San Marino.

Em números absolutos, o Brasil é o segundo país com maior número de infecções, atrás apenas dos Estados Unidos, que somam mais de 30 milhões de casos. É também o segundo em número absoluto de mortes, já que mais de 545 mil pessoas morreram nos EUA.

Ao todo, desde o começo da pandemia, mais de 125 milhões de pessoas já contraíram oficialmente o novo coronavírus ao redor do globo, sendo que 2,74 milhões de pacientes morreram em decorrência de complicações da Covid-19.

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