Antes disposto a demitir Ernesto Araújo, com direito a prêmio de consolação, Bolsonaro agora resiste

 
Como sempre afirmou o UCHO.INFO, Jair Bolsonaro é um incompetente confesso que cada vez mais flerta com o retrocesso e o obscurantismo. Esse comportamento totalitarista marcou sua carreira política, mas ficou evidente durante a corrida presidencial de 2018, quando se apresentou à nação como a única solução para os problemas nacionais. Alertamos os brasileiros para o perigo que representaria uma possível vitória de Bolsonaro, mas fomos “bombardeados” por críticas e ataques sórdidos de incautos abduzidos pelo “canto da sereia” e principalmente de ultradireitistas.

O resultado da farsa agora se faz presente no cotidiano do País, que derrete à sombra da pandemia do novo coronavírus e tornou-se um pária internacional em todos os sentidos. Mudar essa equação não é tarefa fácil, em especial porque Bolsonaro se recusa a qualquer tipo de recuo, e exige dos outros Poderes constituídos atenção, estratégia e perseverança, pois os açoites à democracia, ao Estado de Direito e aos interesses do País continuarão na mesma toada.

A mais nova pedra no caminho do presidente da República atende pelo nome de Ernesto Araújo, o insano e néscio que foi alçado ao posto de ministro de Relações Exteriores e acredita que o status de pária internacional é bom para o Brasil.

Araújo entrou na mira da classe política, que cobra sua demissão como forma de destravar as relações do País com outras importantes nações, como forma de impulsionar o processo de retomada da economia e amenizar os danos provocados pela pandemia do novo coronavírus. Afinal, o chanceler nada fez para facilitar a compra de vacinas, mas encontrou tempo para destilar sua ideologia rasteira e tacanha.

 
Vários segmentos da sociedade e a classe política em geral têm cobrado a exoneração de Araújo, mas o presidente resiste a ejetar o chanceler do comando do Itamaraty apenas porque não quer passar a imagem de que é frouxo e refém do Centrão, que tem pressionado sem cerimônia o presidente pela demissão daquele que colocou a diplomacia brasileira ao rés do chão.

Integrantes do núcleo duro do governo sabem que não há condições para Ernesto Araújo continuar à frente do Itamaraty, mas Bolsonaro está disposto a demitir o assessor desde que o Congresso lhe dê uma contrapartida. Ou seja, o presidente não está preocupado com o futuro do País, mas com a imagem de um governo inepto e derrotado.

O Centrão, por sua vez, preferiu recuar nas cobranças e decidiu aguardar a temperatura baixar para retomar a cobrança pela demissão de Ernesto Araújo. Tudo no melhor estilo “bate e alisa”, movimento típico dos proxenetas da política verde-loura.

Em tese, a chegada de Bolsonaro ao segundo turno da eleição presidencial está garantida, por enquanto, já que a porção radical da sua base de apoio continua intacta e avançando na espiral do radicalismo. A não demissão de Ernesto Araújo pode ser um gatilho para a quebra da relação entre o presidente e o Centrão, que não tem escrúpulos quando é chegada a hora de mandar um governante pelos ares.

O fracasso no combate à pandemia do novo coronavírus, a deterioração da economia, a teimosia diante do óbvio e o radicalismo que diariamente desce a rampa do Palácio do Planalto podem colocar Bolsonaro em situação de extrema dificuldade nos próximos meses. A conferir!

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