O Brasil registrou nas últimas 24 horas 1.623 mortes por Covid-19, totalizando 333.153 óbitos desde o começo da pandemia do novo coronavírus. Com o novo balanço, a media móvel de mortes dos últimos sete dias ficou em 2.698, alta de 15% na comparação com o índice de quatorze dias atrás. Os dados são do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) e foram divulgados na noite desta segunda-feira (5) pelo consórcio de veículos de imprensa.
A estabilidade no número de óbitos acontece após 35 dias de curva de alta, mas não é possível afirmar que o País entrou em processo de desaceleração de mortes pelo vírus SARS-CoV-2 e suas variantes. Isso porque os registros da doença costumam ser menores depois de um feriado prolongado, como o da Semana Santa, quando as equipes estaduais e municipais envolvidas no processo de apuração de dados costumam ser menores.
Mesmo assim. Há 75 dias a média móvel de mortes por Covid-19 está acima de mil; há 20 dias, acima de 2 mil; e há 10 dias, acima de 2,5 mil. Como houve desrespeito às regras de isolamento determinadas por governos e prefeituras, não será surpresa se dentro de quinze dias as estatísticas retomarem números elevados. Além disso, ao longo desta semana será possível medir o real comportamento do novo coronavírus nos últimos dias.
Em relação a casos confirmados, nas últimas 24 horas foram registrados 39.629 novos diagnósticos, totalizando 13.023.189 brasileiros que já contraíram o novo coronavírus desde o início da crise sanitária. A média móvel de casos nos últimos sete dias foi de 63.691, queda de 15% em relação aos casos registrados há duas semanas.
Os números reais de casos e de óbitos pela doença são muito maiores, principalmente por causa da baixa testagem em larga escala e da subnotificação, como tem afirmado o UCHO.INFO desde o primeiro registro da presença do novo coronavírus em território brasileiro. Autoridades de saúde reconhecem que o cenário provocado pelo novo coronavírus no Brasil é muito mais grave e preocupante. Pelos nossos cálculos, com base em informações de especialistas em epidemiologia, o número de mortes por Covid-19 no Brasil é pelo menos 50% maior.
De acordo com dados do Ministério da Saúde, até a noite de domingo (4) 11.357.521 pacientes haviam se recuperado da Covid-19. O Conass não divulga o número de recuperados.
Sobre o plano de imunização do governo federal, até esta segunda-feira 20.023.132 pessoas receberam a primeira dose da vacina contra Covid-19, o que representa 9,46% da população brasileira. A segunda dose foi aplicada em 5.595.929 pessoas, o que equivale a 2,64% da população. Considerando que as vacinas disponíveis no País exigem dose de reforço (segunda dose), o Brasil está muito longe da meta de vacinar 75% da população para conter a circulação do novo coronavírus.
Com base nos dados do Conass, doze entes federativos apresentam alta no número de mortes por Covid-19: São Paulo, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Minas Gerais, Distrito Federal, Mato Grosso do Sul, Mao Grosso, Ceará, Maranhão, Piauí, Paraíba e Pernambuco. Nove estados brasileiros registrabilidade na quantidade de óbitos: Acre, Amapá, Pará, Rondônia, Roraima, Tocantins, Alagoas, Rio Grande do Norte e Sergipe. Seis estados têm queda: Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, Goiás, Amazonas e Bahia.
A taxa de mortalidade por grupo de 100 mil habitantes no País subiu para 158,3. Em números absolutos, o Brasil é o segundo país com maior número de infecções e mortes, atrás apenas dos Estados Unidos, que somam mais de 30,73 milhões de casos e mais de 555 mil óbitos, segundo dados da universidade norte-americana Johns Hopkins.
Ao todo, desde o início da pandemia, mais de 131,5 milhões de pessoas já contraíram o novo coronavírus ao redor do globo, sendo que 2,85 milhões de pacientes morreram em decorrência de complicações da Covid-19.
Nesta segunda-feira, a Índia bateu recorde de novos casos de infecção, superando 100 mil ocorrências em apenas 24 horas. Até então, apenas Estados Unidos e Brasil haviam atingido essa cifra. Com um total de 12,5 milhões de casos e 165 mil mortos, a Índia é o terceiro país com mais infectados e o quarto em número de óbitos, logo atrás do México. Autoridades indianas atribuíram a nova alta de infecções à disseminação de novas variantes, incluindo a cepa brasileira.
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