Internado desde 2 de maio no Hospital Sírio-Libanês, na capital paulista, para dar sequência ao tratamento contra um câncer na cárdia, o prefeito de São Paulo, Bruno Covas teve o quadro de saúde agravado nesta sexta-feira (14). De acordo com boletim médico divulgado pelo hospital, o quadro é irreversível.
O boletim informa que Covas vem “recebendo medicamentos analgésicos e sedativos” e “o quadro clínico é considerado irreversível pela equipe médica”. O prefeito paulistano está no quarto e acompanhado por familiares.
Na internação anterior, em abril, Covas permaneceu 12 dias no hospital, quando exames apontaram metástase dos tumores, originados no sistema digestivo, tendo atingido o fígado e os ossos. Bruno teve alta no dia 27 de abril, mas voltou a ser internado dias depois.
Bruno Covas está em tratamento desde 2019, quando foi constatada a doença, e evitou se afastar das funções de prefeito da maior cidade brasileira.
Em 2 de maio, o prefeito decidiu se licenciar por 30 dias da Prefeitura de São Paulo para dar sequência ao tratamento. O executivo municipal passou a ser comandado interinamente pelo vice Ricardo Nunes (MDB).
Após o pedido de licença, Covas foi internado para a realização de exames de rotina, com o objetivo de continuar o tratamento quimioterápico e imunoterápico. Durante os exames foi detectado um sangramento no local do tumor inicial. Em função da intercorrência, os médicos decidiram intubar o prefeito.
Na ocasião, os médicos explicaram que optaram pela intubação para proteger as vias aéreas de Covas e evitar eventual laceração durante a endoscopia, procedimento utilizado para estancar o sangramento.
Nesta sexta-feira, após a divulgação do boletim médico, o clima na sede da Prefeitura de São Paulo era de profunda consternação, com secretários municipais e assessores se abraçando e chorando muito.
Jornalistas de vários veículos de comunicação estão em frente ao Hospital Sírio-Libanês, na região central da cidade, aguardando novas informações.
Nota do Hospital Sírio-Libanês
“O Prefeito Bruno Covas segue internado no Hospital Sírio-Libanês recebendo medicamentos analgésicos e sedativos. O quadro clínico é considerado irreversível pela equipe médica. Neste momento, encontra-se no quarto acompanhado de seus familiares.
Ele está sendo acompanhado pelas equipes médicas coordenadas pelo Prof. Dr. David Uip, Dr. Artur Katz, Dr. Tulio Eduardo Flesch Pfiffer, Prof. Dr. Raul Cutait e pelo Prof. Dr. Roberto Kalil Filho.”
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