Bolsonaro de novo destila sua delinquência intelectual e ataca e ofende jornalista no interior de SP

 
Movido por devastadora ignorância e truculência torpe, Jair Bolsonaro ignora a liturgia da Presidência da República, cargo que trata como se estivesse à mesa do boteco da esquina. Assumidamente incompetente, Bolsonaro sabe que nada fez em prol do País e agora se vê às voltas com os efeitos colaterais da pandemia do novo coronavírus, que no Brasil já deixou mais de 500 mil mortos, vítimas da inépcia de um governo populista e bandoleiro.

A reboque de um negacionismo criminoso, o que pode levá-lo aos bancos do Tribunal Penal Internacional, em Haia (Holanda), Bolsonaro insiste na radicalização como forma de se fazer de vítima e salvar seu projeto de reeleição.

Em nova manifestação contra as medidas de proteção no campo da pandemia, Bolsonaro ofendeu uma jornalista nesta segunda-feira (21) durante evento na cidade de Guaratinguetá, no interior paulista. Questionado pela profissional de imprensa sobre o fato de não estar usando máscara, medida obrigatória por lei no estado.

Bolsonaro mandou a jornalista “calar a boca” e chamou-a de “canalha” por cobrá-lo em relação ao uso de máscara de proteção. “Eu chego como eu quiser onde eu quiser, está certo? Eu cuido da minha vida. Se você não quiser usar máscara, você não use”, disse. “Estou sem máscara em Guaratinguetá. Está feliz agora?”, questionou o presidente.

Em entrevista concedida após evento na Escola de Especialistas de Aeronáutica (EEAR), já utilizando o equipamento de proteção, Bolsonaro irritou-se quando uma jornalista da TV Vanguarda, afiliada à Rede Globo, questionou-o sobre a multa recebida por não utilizar máscara durante passeio com motociclistas, em 12 de junho, em São Paulo.

 
Irritado como sempre quando é contestado por suas absurdas atitudes, Bolsonaro pediu aos jornalistas que fizessem “perguntas decentes”. “Cale a boca, vocês são uns canalhas. Vocês fazem um jornalismo canalha, que não ajuda em nada. Vocês destroem a família brasileira, destroem a religião brasileira, vocês não prestam”, disse à jornalista.

Em comunicado divulgado após o grotesco episódio, o Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Estado de São Paulo repudiou a atitude de Bolsonaro. “O Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado de São Paulo (SJSP) e a Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj) repudiam a atitude brutal do presidente. Ela se deu em novo caso de ataque ao exercício profissional do jornalismo, que Bolsonaro já provou reiteradamente desprezar, tanto quanto despreza a própria democracia”, destaca o texto.

“O SJSP e a Fenaj expressam sua solidariedade às(aos) jornalistas da Rede Globo de Televisão, contra as revoltantes agressões do cidadão desqualificado que ocupa a cadeira de presidente. O Sindicato move desde 7 de abril de 2021 uma ação por danos morais coletivos contra Bolsonaro por ataques como este”, continua a nota.

Dois dias após o Brasil superar 500 mil mortes por Covid-19, Bolsonaro afirmou, após ser questionado, lamentar a trágica marca, mas voltou a defender o chamado tratamento precoce, que consiste no uso de medicamentos sem eficácia cientificamente comprovada contra a doença. “É a primeira vez na história que se busca atender as pessoas depois que estão hospitalizadas.”

Em qualquer país minimamente sério e respeitador da democracia, Jair Bolsonaro já estaria fora do poder e preso por crime contra a saúde pública. É preciso que a sociedade reaja de forma consciente e nas eleições de 2022 impeça o avanço de um projeto totalitarista que tem em Bolsonaro sua figura maior. Ainda é tempo!

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