Bolsonaro recebe Beatrix von Storch, vice-líder da ultradireita alemã e neta de nazistas

 
Além dos deputados federais Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) e Bia Kicis (PSL-DF), o presidente Jair Bolsonaro também encontrou-se na última semana com a deputada alemã Beatrix von Storch, do partido populista de direita “Alternativa para a Alemanha” (AfD), de acordo com postagem desta segunda-feira (26) nas redes sociais da parlamentar direitista.

Na publicação, ela afirmou que o partido quer “fortalecer suas conexões e defender nossos valores cristãos e conservadores em nível internacional”. A foto mostra Bolsonaro abraçado à parlamentar e ao seu marido, Sven von Storch.

Von Storch é representante da ala ultraconservadora da AfD e neta de nazistas. Em 2016, a deputada alemã manifestou aprovação à mensagem de um usuário do Facebook que havia perguntado se guardas de fronteira deveriam atirar em refugiados que chegassem ao país, inclusive mulheres com crianças.

 
Há dias, publicações de Eduardo Bolsonaro e Bia Kicis sobre seus encontros com a ultradireitista alemã imediatamente geraram uma série de críticas nas redes sociais, apontando episódios controversos da carreira política de Beatrix von Storch, posições xenófobas e nacionalistas da deputada e de seu partido e até mesmo a sombria história familiar da parlamentar.

Em janeiro de 2018, Beatrix voltou a causar controvérsia ao reclamar publicamente de tuítes da Polícia de Colônia que desejavam feliz ano novo em várias línguas, inclusive o árabe. “O que diabos está acontecendo neste país? Por que um site oficial da polícia da Renânia do Norte-Vestfália [estado em que fica Colônia] tuíta em árabe. Eles pretendem apaziguar as hordas de homens bárbaros, muçulmanos e estupradores em massa dessa maneira?”, escreveu na ocasião. A rede social apagou a mensagem por violação das regras de conduta.

O Museu do Holocausto, em Curitiba, criticou os encontros da deputada alemã com autoridades brasileiras e afirmou que a AfD é “um partido de extrema direita com tendências racistas, sexistas, islamofóbicas, antissemitas, xenófobas e com um forte discurso anti-imigração”. (Com agências internacionais)

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