Com Facebook, Instagram e WhatsApp fora do ar, fortuna de Zuckerberg encolhe US$ 6 bilhões

 
Usuários de várias partes do planeta, inclusive do Brasil, relataram na tarde desta segunda-feira (4) interrupções nos serviços do Facebook, Instagram e WhatsApp.

Dezenas de milhares de pessoas de países como Estados Unidos, México, Espanha, França, Romênia, Noruega, Geórgia e Grécia entraram no site “Downdetector”, que monitora reclamações sobre serviços da internet, para reportar que não estavam conseguindo utilizar nenhum dos serviços. Cerca de seis horas após a interrupção, as plataformas começaram a voltar gradualmente.

O Facebook, dono das três redes sociais, reconheceu que os usuários estavam tendo problemas para acessar seus aplicativos, mas não forneceu quaisquer especificações sobre a origem do problema ou quantas pessoas foram afetadas.

“Estamos cientes de pessoas que estão tendo problemas para acessar nossos aplicativos e produtos”, informou o Facebook, em comunicado. “Estamos trabalhando para retornar à normalidade assim que possível, e pedimos desculpas por qualquer inconveniente”, completa a nota.

Problema no DNS

Embora a companhia não tenha divulgado a origem do problema, uma mensagem de erro na página do Facebook sugere um problema com o Sistema de Nomes de Domínio (DNS), que permite que os endereços da web levem os usuários aos seus destinos. Uma paralisação semelhante na empresa de nuvem Akamai Technologies Inc derrubou vários sites em julho.

Especialistas em segurança que rastreiam a situação dizem que a interrupção pode ter sido provocada por um erro de configuração, que pode ser o resultado de uma falha interna, embora um caso de sabotagem interna também seja possível. Um ataque externo ao servidor é considerado menos provável.

 
Interrupção em meio a denúncias

A queda generalizada nos serviços do Facebook acontece em meio à repercussão da publicação pelo “The Wall Street Journal” de uma série de artigos escritos com base em documentos internos do Facebook vazados.

Entre outras informações, os documentos indicam que o Instagram é prejudicial para uma parte dos usuários mais jovens, é especialmente “tóxico” para os adolescentes e agrava os problemas que uma em cada três meninas tem com sua imagem corporal.

Em entrevista ao programa americano de televisão ”60 Minutes”, Frances Haugen, ex-funcionária do Facebook que afirma ter vazado os documentos à imprensa, afirmou que durante o tempo em que trabalhou para a empresa se assustou com decisões tomadas e afirmou que os lucros estavam acima da segurança dos usuários.

Queda na bolsa

A interrupção nos serviços também fez as ações do Facebook na Bolsa eletrônica de Nova York, a Nasdaq, o segundo maior mercado de ações, entrarem em queda. Por volta das 16h15 (horário de Brasília), as ações registravam queda de 5,31%.

Porém, independentemente das interrupções desta segunda-feira, as ações do Facebook já recuavam 14% desde 14 de setembro, quando o “The Wall Street Journal” passou a publicar as denúncias.

Zuckerberg perdeu US$ 6 bi

As ações do Facebook encerraram o pregão em queda de 4,89%, montante que reduziu em US$ 50,3 bilhões (R$ 272,7 bilhões) o valor de mercado da companhia, cujo total agora é de quase R$ 917 bilhões (R$ 4,9 trilhões).

Na esteira dessa pane tecnológica, a fortuna pessoal de Mark Zuckerberg, cofundador e principal acionista do Facebook, diminuiu US$ 6,1 bilhões (R$ 33 bilhões) em apenas seis horas.

O patrimônio do agora quinto homem mais rico do planeta é de US$ 121,6 bilhões (R$ 659 bilhões). A quarta posição foi tomada pelo cofundador da Microsoft Bill Gates, que possui US$ 124 bilhões (R$ 672 bilhões). (Com agências de notícias)