Tenista desaparece após acusar ex-vice-primeiro-ministro chinês de crimes sexuais

 
Uma das estrelas do tênis chinês, Peng Shuai desapareceu após acusar um ex-vice-primeiro-ministro do gigante asiático de estupro. A acusação foi publicada em suas redes sociais, mas na sequência a postagem foi apagada.

A tenista, de 35 anos, que já foi número 1 do ranking de duplas da WTA, acusa Zhang Gaoli, de 75 anos, de forçá-la a fazer sexo. A denúncia foi feita no Weibo, rede social chinesa equivalente ao Facebook e continuamente fiscalizada pelo governo rígido local. Todas as postagens de Peng foram apagadas menos de meia hora após a acusação. O termo “tênis” também foi bloqueado na plataforma, como forma de conter a polêmica.

A denúncia ocorreu no último dia 3 e desde então a atleta não foi mais vista. A informação sobre o desaparecimento da atleta foi divulgada pelo jornal francês Le Monde, que cogitou a possibilidade de a tenista ter fugido para os Estados Unidos.

 
“As acusações de estupro afetam pela primeira vez um líder tão importante dentro do governo chinês. Mas o silêncio da jovem desde que o caso foi tornado público aumenta o temor do que pode ter acontecido com ela”, escreveu Simon Leplâtre, correspondente do Le Monde em Xangai.

Na publicação apagada, Peng Shuai revelou que ela e Zhang, que é casado, estiveram envolvidos em um caso extraconjugal em 2011, quando se conheceram em Tianjin. Ela detalhou a única relação que tiveram no decorrer daquele ano. Deixa a entender também que houve uma segunda relação pouco antes de ele ser promovido e se ver obrigado a cortar relações com a atleta.

O político teria retomado o caso em 2018, quando deixou sua vida pública. Ele convidou a tenista para um jantar com sua esposa, quando a teria forçado a fazer sexo. Peng revelou que chorou e resistiu, mas acabou cedendo a Zhang.

A partir de então, seguiu-se um novo caso que durou três anos, descrito pela jogadora como “desagradável”. Na publicação, a tenista afirmou não ter evidências, já que foi obrigada a manter discrição na relação. (Com agências internacionais)

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