Morreu neste domingo (28), aos 79 anos, o britânico Frank Williams, fundador da escuderia que leva o seu nome, uma das maiores da história da Fórmula 1. A causa da morte não foi divulgada.
“É com grande tristeza que, em nome da família Williams, a equipe confirma a morte de Sir Frank Williams, fundador e ex-chefe de equipe da Williams Racing, aos 79 anos de idade”, informou a equipe nas redes sociais.
A escuderia publicou em sua página oficial na internet nota sobre a morte do ex-dirigente da Williams: “Depois de ser internado no hospital na sexta-feira, Sir Frank morreu pacificamente esta manhã, cercado por sua família. Hoje, prestamos homenagem ao nosso líder, muito amado e inspirador. Frank fará muita falta. Solicitamos que todos os amigos e colegas respeitem os desejos da família Williams de privacidade neste momento. Para aqueles que desejam prestar homenagem, pedimos que doações sejam feitas para a Spinal Injuries Association; alternativamente, flores serão bem-vindas para serem colocadas na entrada da sede da equipe em Grove, Oxfordshire. Os detalhes da cerimônia fúnebre serão divulgados no devido tempo.”
Também nas redes sociais, a F1 também lamentou a morte do fundador da Williams. “Sentimos a mais imensa e profunda tristeza pelo falecimento de Sir Frank Williams. Sua vida foi movida pela paixão pelo automobilismo; seu legado é incomensurável e fará parte da F1 para sempre. Conhecê-lo foi uma inspiração e um privilégio. Ele deixará muita, muita saudade”, publicou a categoria em seu perfil oficial.
Criada em 1966, a Frank Williams Racing Cars iniciou suas atividades nas pistas na F2 e na F3. A chegada à Fórmula 1 aconteceu três anos depois, em 1969. Contudo, foi na década de 80 que a equipe alcançou o status de uma das mais fortes da categoria, conquistando nove títulos de construtores (1980, 1981, 1986, 1987, 1992, 1993, 1994, 1996, 1997).
A equipe de Frank Williams levou sete pilotos ao título mundial da categoria: Alan Jones (1980), Keke Rosberg (1982), Nelson Piquet (1987), Nigel Mansell (1992), Alain Prost (1993), Damon Hill (1996) e Jacques Villeneuve (1997).
Em 2012, Frank deixou o cargo de chefe de equipe, sendo substituído por sua filha, Claire. Em 2020, a família Williams vendeu a equipe empresa para o grupo de investimentos Dorilton Capital.
Jost Capito, CEO e chefe da Williams Racing, também se manifestou: “A equipe Williams Racing está profundamente triste com o falecimento de nosso fundador, Sir Frank Williams. Sir Frank foi uma lenda e um ícone do nosso esporte. Sua passagem marca o fim de uma era para nossa equipe e para o esporte da Fórmula 1. Ele foi único e um verdadeiro pioneiro. Apesar das adversidades consideráveis em sua vida, ele liderou nossa equipe em 16 Campeonatos Mundiais, tornando-nos uma das equipes de maior sucesso na história do esporte. Seus valores, incluindo integridade, trabalho em equipe e uma independência e determinação ferozes, continuam sendo a essência de nossa equipe e são seu legado, assim como o nome da família Williams, sob a qual temos orgulho de competir. Nossos pensamentos estão com a família Williams neste momento difícil.”
Além de Nelson Piquet, campeão da F1 em 1987, outros seis pilotos brasileiros ocuparam os cockpits da Williams: Ayrton Senna (1994), Antonio Pizzonia (2004 e 2005), Rubens Barrichello (2010 e 2011), Bruno Senna (2012) e Felipe Massa (2014 a 2017).
Sobre o trágico acidente que levou Senna à morte, em 1994, no GP de San Marino, o lendário Frank disse: “Foi um dia triste para a Williams, para a McLaren, para a F1 e para o Brasil. Foi um dos piores dias da história da F1”.
“Ayrton tinha um intelecto incomum, não só para correr, mas para os negócios, para a vida e para a filosofia. Uma pessoa fascinante”, completou Frank Williams.
Sua história no automobilismo foi tão importante, que ele ganhou o título de Sir Francis Owen Garbatt Williams, Cavaleiro da Coroa Britânica, da rainha Elizabeth II.
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