Chamado de genocida, Bolsonaro abusa da mitomania e diz “eu não errei nenhuma durante a pandemia”

 
De olho na reeleição e preocupado com o desmoronamento do projeto que mira mais uma temporada no Palácio do Planalto, o presidente Jair Bolsonaro decidiu terceirizar o discurso radical, como forma de vender aos incautos a imagem de “Jairzinho paz e amor”.

Em viagem ao Nordeste, onde voltou a ofender os moradores da região ao usar o termo “cabeça chata”, depois de ter chamado assessores nordestinos de “pau de arara’, Bolsonaro disse nesta quarta-feira (9) que não cometeu um só erro durante a pandemia do novo coronavírus.

Que Bolsonaro é desconectado da realidade todos sabem, mas afirmar que sua atuação no combate à Covid-19 foi marcada apenas por acertos é um absurdo inaceitável.

Em Jurucutu, no Rio Grande do Norte, ao lado de ministros e assessores, Bolsonaro afirmou, durante visita às obras da barragem de Oiticica: “Eu não errei nenhuma durante a pandemia”.

 
É difícil saber o que o presidente da República entende por erro e acerto, mas para quem disse que o novo coronavírus faria menos de 800 vítimas fatais no Brasil, a afirmação é uma homenagem à mitomania.

Bolsonaro sabe que sua atuação durante a pandemia foi desastrosa e que isso terá reflexo na campanha eleitoral, mas distorcer os fatos é injustificável. E alguém precisa dar um basta a esse espetáculo farsesco protagonizado pelo presidente e sua horda de apoiadores.

Desde o início da pandemia de Covid-19, em março de 2020, o Brasil registrou mais de 634 mil mortes pela doença, o que coloca o País no segundo lugar do ranking de número de óbitos provocados novo coronavírus, atrás apenas dos Estados Unidos.

Os erros e omissões de Jair Bolsonaro durante a pandemia foram tantos, que o presidente, chamado de genocida, é investigado em várias frentes envolvendo o combate à Covid-19. O simples fato de recomendar contra a Covid-19 o uso de medicamentos com ineficácia comprovada cientificamente é caso de ação penal. Sem contar as dificuldades criadas para a compra de vacinas e os discursos contra a imunização.

Se você chegou até aqui é porque tem interesse em jornalismo profissional, responsável e independente. Assim é o jornalismo do UCHO.INFO, que nos últimos 20 anos teve participação importante em momentos decisivos do País. Não temos preferência política ou partidária, apenas um compromisso inviolável com a ética e a verdade dos fatos. Nossas análises políticas, que compõem as matérias jornalísticas, são balizadas e certeiras. Isso é fruto da experiência de décadas do nosso editor em jornalismo político e investigativo. Além disso, nosso time de articulistas é de primeiríssima qualidade. Para seguir adiante e continuar defendendo a democracia, os direitos do cidadão e ajudando o Brasil a mudar, o UCHO.INFO precisa da sua contribuição mensal. Desse modo conseguiremos manter a independência e melhorar cada vez mais a qualidade de um jornalismo que conquistou a confiança e o respeito de muitos. Clique e contribua agora através do PayPal. É rápido e seguro! Nós, do UCHO.INFO, agradecemos por seu apoio.