Petrobras contraria o governo e anuncia aumento de 18,7% no preço da gasolina e de 24,9% no do diesel

 
Em recente viagem oficial a Moscou, onde se reuniu com Vladimir Putin, o presidente Jair Bolsonaro disse ser solidário à Rússia, mas não se referiu a que tipo de solidariedade. Bolsonaro sabia que o líder russo estava prestes a iniciar uma trágica invasão à Ucrânia, mas manteve o discurso que foi desaprovado pela maioria dos brasileiros.

Sabe-se que o presidente brasileiro precisa mostrar ao seu eleitorado questionável prestígio nacional, mas endossar, mesmo que indiretamente, uma barbárie como a que tem devastado a Ucrânia é no mínimo falta de sensibilidade. Mesmo assim, Bolsonaro ousa falar em Deus e finge se emocionar quando está entre lideranças evangélicas.

Os efeitos da guerra na Ucrânia começam a chegar no bolso do brasileiro, que continua sem respaldo de um governo pífio, irresponsável e populista. A primeira reação advinda da investida de Putin no território ucraniano chegará na sexta-feira (12) nos postos de combustíveis.

Com a alta do preço do petróleo no mercado internacional, a Petrobras anunciou nesta quinta-feira que aumentará a gasolina em 18,7%; o diesel, em 24,9%; e o gás de cozinha, em 16%. Com a decisão, a estatal reduz a defasagem de preço em relação ao mercado internacional, que já se aproximava de 50%.

 
Em nota, a estatal justificou a decisão: “Após 57 dias, a Petrobras fará ajustes nos preços de gasolina e diesel. E, após 152 dias, a Petrobras ajustará preços de GLP”.

De acordo com cálculos da Federação Nacional do Comércio de Combustíveis e Fertilizantes (Fecombustíveis), o aumento anunciado pela Petrobras fará com que o preço médio da gasolina passe de R$ 6,57 para R$ 7,02 por litro.

O novo aumento dos preços dos combustíveis acontece em meio a discussões no âmbito do governo para tratar do assunto, que tem puxado a inflação para cima e interferido negativamente nos índices de aprovação de Jair Bolsonaro, cada vez mais focado em seu projeto de reeleição.

A equipe econômica, comandada pelo ainda ministro Paulo Guedes, terá de fazer malabarismo para compensar os efeitos decorrentes da decisão tomada pela Petrobras. A situação na seara dos combustíveis é tão preocupante, que algumas lideranças dos caminhoneiros defendem paralisação da categoria em todo o Brasil como forma de protestar contra o novo aumento.

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