Bilionário saudita oferece R$ 18 bilhões pelo Chelsea, time de propriedade do russo Roman Abramovich

 
Próximo ao presidente da Rússia, Vladimir Putin, que insiste em destruir instalações matar pessoas na Ucrânia, o empresário Roman Abramovitch, alcançado por sanções econômicas impostas pelo Ocidente, decidiu vender o Chelsea FC, clube de futebol inglês que o magnata russo adquiriu em 2003.

Nesta segunda-feira (14), a imprensa inglesa noticiou que o Saudi Media Group, da Arábia Saudita, teria feito uma oferta de 2,7 bilhões de libras (R$ 18 bilhões na cotação atual) para comprar a equipe de futebol.

No início de março, o bilionário russo colocou o clube à venda após sofrer críticas da opinião pública e sanções do governo britânico, por conta de seu envolvimento com Putin, um genocida que usa a guerra na Ucrânia para camuflar a grave crise interna vivida pelo país.

O canal de televisão norte-americano CBS afirmou que a proposta teria partido de Mohamed Alkhereiji, diretor do grupo de mídia e CEO da empresa de engenharia Engineer Holding Group. O bilionário estudou no Reino Unido, na Business School, em Londres, e é torcedor fanático do Chelsea.

Alkhereiji não teria ligações com o governo saudita, segundo informações preliminares, o que facilitaria eventual negociação com o Chelsea e o Reino Unido, que “controla” a situação do clube desde as sanções impostas a Abramovich.

 
No final de 2021, a venda do Newcastle para o grupo controlado pelo príncipe Mohammed Bin Salman demorou a se concretizar por conta de sua relação direta com a monarquia saudita.

Apesar da proposta bilionária, Alkhereiji não possui garantias bancárias suficientes para avançar no negócio, o que exigiria a participação de parceiros na transação. Entre os possíveis sócios do saudita está Mohammed bin Khalid Al Saud, diretor da Saudi Telecom Company (STC), empresa estatal de telecomunicações da Arábia Saudita, o que impede sua participação oficial no negócio.

Caso a negociação avance, o projeto de aquisição do clube inglês conta com a reforma do Stamford Bridge, estádio do Chelsea, e investimentos no futebol feminino. Na eventualidade de o clube trocar seu patrocinador master, uma nova companhia aérea da Arábia Saudita poderia substituir a “Three”, empresa de telefonia móvel, na parte frontal da camisa.

Desde a última quinta-feira (10), o Chelsea opera sob uma licença especial concedida pelo governo britânico, que possibilita seguir existindo como clube de futebol. Apesar de não conseguir vender ou contratar novos jogadores, o Reino Unido se mostrou disposto a auxiliar na venda do Chelsea, desde que “Abramovich não fosse beneficiado no processo”.

Resta saber como se dará o pagamento pela compra do Chelsea, já que os bens e ativos de Roman Abramovich estão congelados na Europa em razão da guerra na Ucrânia.

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