Ferrero fecha fábrica na Bélgica após surto de salmonela

 
Faltando pouco mais de uma semana para a Páscoa, a fabricante italiana de doces Ferrero teve de interromper temporariamente a produção de chocolates da marca Kinder em uma fábrica da Bélgica, devido a mais de 100 casos de salmonela em vários países da Europa.

Em comunicado, a Agência Belga de Segurança Alimentar (Afsca) anunciou nesta sexta-feira (8) que suspendeu a licença de produção da fábrica de Arlon. Segundo o órgão, a Ferrero não forneceu informações suficientes para a investigação.

A agência também ordenou o recolhimento de todos os produtos da fábrica, independentemente do lote e da data de fabricação. Isso inclui todos os Kinder Surprise, Kinder Mini Eggs, Kinder Surprise Maxi e bombons que foram fabricados em Arlon. A fábrica de Arlon só poderá reabrir quando todas as regras e requisitos de segurança alimentar forem atendidos, informou a Afsca.

O ministro da Agricultora belga, David Clarinval, disse que a decisão foi tomada para “esclarecer a situação”.

A Ferrero anunciou anteriormente que a salmonela havia sido detectada na fábrica em 15 de dezembro de 2021. Ela foi encontrada em uma peneira na saída de dois tanques de matéria-prima e os produtos feitos a partir deles foram retidos. O filtro foi substituído e os controles sobre o trabalho em andamento e os produtos acabados foram aumentados, disse a Ferrero.

A fábrica na Bélgica responde por cerca de 7% de todos os produtos da marca Kinder fabricados anualmente ao redor do planeta. Segundo a Ferrero, os produtos fabricados em Arlon não foram distribuídos no Brasil.

 
Ferrero reconhece problemas

Após o anúncio, a Ferrero reconheceu que houve “ineficiências internas” que causaram “atrasos na obtenção e compartilhamento de informações em tempo hábil”. Isto teve um impacto na rapidez e eficácia das investigações.

“Lamentamos profundamente”, disse a empresa. “Pedimos sinceras desculpas a todos os nossos consumidores e parceiros de negócios e agradecemos às autoridades de segurança alimentar por seus valiosos conselhos”.

Na terça-feira, o grupo italiano começou a recolher produtos infantis em vários países europeus. Lotes afetados foram distribuídos em países como França, Bélgica, Reino Unido, Alemanha, Suécia e Holanda. Os produtos infantis também foram recolhidos nos EUA, em Israel, na Austrália e na Argentina, como forma de precaução.

Esta semana, a agência de saúde da União Europeia informou que está investigando, em conjunto a Autoridade Europeia de Segurança Alimentar, dezenas de casos de salmonela relacionados ao consumo de chocolate em países da Europa. Posteriormente, os casos foram vinculados à fábrica de Arlon.

Segundo as autoridades, foram registrados ao menos 105 casos confirmados de salmonela e 29 casos suspeitos, a maioria deles em crianças com menos de dez anos.

A salmonela pode causar sintomas como diarreia, febre e cólicas estomacais e é uma das infecções alimentares mais comuns. Bebês, crianças pequenas, idosos e pessoas com sistema imunológico enfraquecido estão particularmente em risco de desenvolver um curso mais grave da doença. (Com agências internacionais)

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