(*) Gisele Leite
É um erro contumaz cantar vitória eleitoral contra quem detém a máquina do governo ao seu favor. As pesquisas de intenção de voto demonstram que Bolsonaro tem grandes chances de reeleição.
Basta perceber que para um candidato que teve um desempenho pífio, além de ter boicotado a vacina, ameaçar extinguir a pandemia por decreto, a alta da inflação na economia brasileira, além da contabilidade de mais de seiscentos e sessenta mil vítimas fatais da pandemia de Covid-19, e ainda, o saldo de mais de doze milhões de desempregados. Além do apoio inexorável do Centrão, Bolsonaro definitivamente surpreende.
Apesar do escândalo do Ministério da Educação que até o presente momento está vacante de ministro e, notícias informam de fortes indícios de corrupção e desvios capitaneados por hordas inteiras de religiosos. Em tempo, o Brasil é um Estado laico.
Outra batalha foi quanto à presidência da Petrobrás, defenestrou o General Silva e Luna e, convidou Adriano Pires que desistiu após ser avisado sobre pareceres contrários em face de suas atividades empresariais. Sem contar também a desistência de Rodolfo Landim para a presidência de conselho de acionistas. Ademais, não há como reduzir significativamente o preço dos combustíveis no país.
De fato, o atual Presidente da República apesar de sinceros planos para vencer a eleição vindoura, não abandonou de vez o plano de virar a mesa, caso venha perder nas urnas.
O grande busilis de Bolsonaro é que o ano de 2022 não é o que foi 2018, quando o simples antipetismo decidira o pleito eleitoral. Rezemos que não imite Donald Trump caso perca, e tente fazer um quiproquó bem na rampa do Palácio do Planalto. De qualquer modo, essa bipolaridade sem lítio é patológica demais para um país que tem tanto a recuperar.
(*) Gisele Leite – Mestre e Doutora em Direito, é professora universitária.
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