Visita surpresa de Boris Johnson a Kiev no final de semana mostra que guerra na Ucrânia está longe do fim

 
O primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, foi sem avisar a Kiev no sábado (9) para se reunir com o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, demonstrando apoio à Ucrânia contra o que ele chamou de “campanha bárbara da Rússia”.

Johnson é o mais recente líder europeu a visitar Kiev, após a descoberta, há uma semana, de corpos de civis assassinados em cidades das quais os militares russos tinham acabado de se retirar.

Na última sexta-feira (8), estiveram na capital ucraniana a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, e o chefe da diplomacia da União Europeia, Josep Borrell. Na manhã de sábado, o chanceler federal da Áustria, Karl Nehammer, também se reuniu com Zelensky.

“Hoje, encontrei meu amigo presidente Zelensky em Kiev como demonstração de nosso apoio inabalável ao povo da Ucrânia”, escreveu Johnson no Twitter.

“Estamos apresentando um novo pacote de ajuda financeira [e] militar que é uma prova de nosso compromisso com a luta de seu país contra a campanha bárbara da Rússia.”

Boris também afirmou que o Reino Unido e outras nações aliadas seguiriam intensificando, a cada semana, a pressão econômica sobre a Rússia por meio de sanções e da redução de importação de energia russa.

Zelensky divulgou fotografias dele dando as boas-vindas ao líder britânico em Kiev, que até recentemente estava sob ataque das forças russas. “Bem-vindo a Kiev, meu amigo”, disse Zelensky em uma mensagem no Telegram.

 
Johnson usava um terno escuro, enquanto Zelensky vestia uma blusa caqui, sua roupa tradicional para aparições públicas desde que a Rússia invadiu a Ucrânia, no final de fevereiro.

O líder ucraniano tem mantido um relacionamento caloroso com Johnson, a quem se refere com admiração. “Boris Johnson é um dos opositores mais probos da invasão russa, um líder em termos de pressão por meio de sanções contra a Rússia e de apoio em defesa para a Ucrânia”, disse Zelensky.

Seu chefe de gabinete, Andriy Yermak, afirmou que Johnson era um dos “verdadeiros amigos” da Ucrânia. “Desde o início da agressão russa, Zelensky tem estado em contato com ele”, escreveu Yermak no Twitter. “Obrigado Boris Johnson pela postura decisiva e por ajudar a Ucrânia no momento de maior necessidade. Obrigado por todo o apoio e armas que o Reino Unido está nos fornecendo.”

Equipamentos militares

Londres não anunciou a visita de Johnson à Ucrânia com antecedência e o próprio primeiro-ministro rebateu perguntas sobre uma possível visita em entrevista coletiva na sexta-feira.

No mesmo evento, Johnson anunciou que o Reino Unido enviaria “equipamento militar de alta qualidade” no valor de 100 milhões de libras (R$ 611 milhões) para as forças armadas da Ucrânia. O pacote inclui 120 veículos blindados, mísseis antiaéreos Starstreak, 800 mísseis anti-tanque e munições de precisão.

A movimentação da União Europeia e dos Estados Unidos a favor de Kiev mostra que a guerra na Ucrânia ainda está longe do fim. Enquanto isso, Vladimir Putin, que necessita de um cenário favorável para cantar vitória e evitar o acirramento da crise interna, insiste em patrocinar uma catástrofe humanitária sem precedentes desde o fim da Segunda Guerra Mundial (1939-1945) (Com agências internacionais)

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