Sanções econômicas impostas pelo Ocidente podem deixar 200 mil sem emprego em Moscou

 
Cerca de 200 mil pessoas correrem o risco de perder seus empregos em Moscou devido às decisões de empresas estrangeiras de suspender as operações ou abandonar a Rússia por causa das sanções impostas ao país, afirmou nesta segunda-feira (18) o prefeito da capital russa Serguei Sobianin.

As medidas foram impostas pelo Ocidente após o regime de Vladimir Putin ter invadido a Ucrânia, onde acontece a maior catástrofe humanitária desde o fim da Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

De acordo com Sobianin, as autoridades de Moscou estão prontas para apoiar aqueles que perderem seus empregos, oferecendo treinamento e trabalhos sociais. O prefeito disse também que um programa de ajuda aos trabalhadores afetados, no valor de US$ 41 milhões, foi aprovado.

Centenas de empresas anunciaram a suspensão das atividades na Rússia ou a saída do país, após Putin ordenar a invasão à Ucrânia, em 24 de fevereiro. Somente em Moscou, 300 companhias estrangeiras fecharam as portas, segundo Sobianin.

Falência econômica

A invasão russa foi condenada por grande parte da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armas à Ucrânia e vários pacotes de sanções econômicas e políticas contra Moscou. Economistas preveem que os piores impactos destas punições ainda estão por vir e esperam que a Rússia mergulhe em profunda recessão.

 
A Rússia lançou uma série de medidas para tentar amortecer os impactos das sanções em sua economia. Recentemente, Moscou pediu apoio ao Brasil no Fundo Monetário Internacional (FMI), no Banco Mundial e no G20, grupo das principais economias do planeta, para ajudá-lo a combater as sanções.

O Ministro da Fazenda russo, Anton Siluanov, escreveu ao ministro da Economia brasileiro, Paulo Guedes, pedindo apoio do Brasil “para evitar acusações políticas e tentativas de discriminação em instituições financeiras internacionais e fóruns multilaterais”.

Quase metade das reservas internacionais da Rússia foi congelada e as transações de comércio exterior estão sendo bloqueadas, incluindo aquelas com seus parceiros de economias emergentes, disse Siluanov.

No domingo (17), a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, afirmou que a falência do Estado russo é apenas uma “questão de tempo”. Ela disse que as sanções estão afetando cada vez mais a economia russa, “semana após semana”, e que as “exportações de bens para a Rússia caíram 70%”.

“Centenas de grandes empresas e milhares de especialistas deixaram o país. O PIB na Rússia, de acordo com as previsões atuais, irá diminuir em 11%”, afirmou Ursula.

“Continuamos a olhar para o setor bancário, especialmente o Sberbank, que sozinho representa 37% do setor bancário russo. E é claro que estamos lidando com questões de energia”, completou a chefe do Executivo da UE. (Com agências internacionais)

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