Ipec: com 48% das intenções de voto, Lula pode vencer a corrida presidencial no primeiro turno

 
A menos de uma semana da eleição presidencial, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva reforçou sua chance de vencer já no primeiro turno, de acordo com pesquisa Ipec divulgada nesta segunda-feira (26).

O petista aparece com 48% no novo levantamento após oscilar um ponto para cima, ou seja, dentro da margem de erro (dois pontos para mais ou para menos). Jair Bolsonaro (PL) permaneceu estagnado com 31%. No levantamento anterior do instituto, divulgado em 19 de setembro, Lula somou 47% das intenções de voto, Bolsonaro, os mesmos 31%.

Considerando apenas os votos válidos, que excluem brancos e nulos, Lula teria 52%. Para vencer no primeiro turno, são necessários 50% dos votos mais um. É a segunda pesquisa seguida do Ipec que mostra Lula com 52% dos votos válidos.

O levantamento desta segunda-feira ainda mostrou que Ciro Gomes (PDT) oscilou negativamente de 7% para 6%. Simone Tebet (MDB) ficou com os mesmos 5%, enquanto Soraya Thronicke (União Brasil) e Felipe D’Ávila (Novo) somaram 1% cada.

Sofia Manzano (PCB), Vera Lúcia (PSTU), Leo Péricles (UP), Constituinte Eymael (DC) e Padre Kelmon (PTB) não pontuaram. Eleitores indecisos somam 4%, enquanto brancos e nulos representam 4%.

A pesquisa Ipec ouviu 3.008 pessoas entre os dias 25 e 26 de setembro. A margem de erro é de dois pontos percentuais para mais ou para menos.

 
Datafolha

A nova pesquisa do Ipec está em linha com o levantamento de quinta-feira (23) do Datafolha, que também mostrou ampla vantagem de Lula sobre Bolsonaro. Na sondagem, o petista apareceu com 47% das intenções de voto, contra 33% do atual presidente. Em relação à penúltima pesquisa Datafolha, Lula oscilou dois pontos para cima, enquanto Bolsonaro permaneceu estagnado com os mesmos 33%.

Os números do Datafolha sugerem que uma vitória de Lula no primeiro turno das eleições seria possível. Nos votos válidos, que desconsiderados brancos e nulos, o ex-presidente aparece com 50%, contra 35% de Bolsonaro.

Disputa cristalizada

As recentes pesquisas eleitorais mostraram até o momento que a corrida ao Palácio do Planalto está, em tese, decidida. Enquanto Lula lidera a disputa e oscila dentro da margem de erro de todos os levantamentos, Bolsonaro permanece estagnado.

Tal quadro revela que as medidas eleitoreiras adotadas pelo governo – aumento do Auxílio Brasil, a criação de benefícios pontuais com validade até 31 de dezembro e redução do ICMS sobre combustíveis – não produziram os efeitos desejados pelos ocupantes do Palácio do Planalto.

Para compreender esse cenário basta analisar os índices de aprovação do governo revelados pelas pesquisas. No levantamento do Datafolha, cujos resultados foram divulgados na última sexta-feira (23), apenas 32% dos entrevistados disseram aprovar o governo de Jair Bolsonaro. Considerando a margem de erro das pesquisas, os que aprovam o governo são os que declaram voto em Bolsonaro.

Ademais, os que desaprovam o governo não se deixaram levar pelas medidas eleitoreiras do governo, mas analisaram os quase quatro anos de uma gestão marcada por populismo, ameaças à democracia, negacionismo, truculência verbal e discurso de ódio. A se confirmar a previsão dos institutos de pesquisa, Bolsonaro conseguirá a proeza de não se reeleger mesmo estando no cargo e com a máquina do governo nas mãos.


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