MPs confirmam alerta do UCHO.INFO e dizem que empresários bolsonaristas financiaram atos golpistas

 
Em 31 de outubro, primeiro dia subsequente ao anúncio do resultado da eleição presidencial, quando começaram a ganhar corpo os bloqueios nas estradas brasileiras realizados pelos golpistas que apoiam o derrotado Jair Bolsonaro, o UCHO.INFO noticiou que empresários eram responsáveis pelo financiamento do movimento, em tese levado a cabo apenas por caminhoneiros. Antes disso, informamos as autoridades sobre a criminosa participação dos empresários que ousam falar em patriotismo.

Tão logo noticiamos o envolvimento dos empresários bolsonaristas nos bastidores das paralisações e bloqueios, a banda mais radical da horda de apoiadores de Bolsonaro passou a contestar a nossa informação, como se fossemos estreantes no jornalismo investigativo.

A informação correu como rastilho de pólvora entre a autoridades, que imediatamente iniciaram um processo de investigação para identificar os financiadores não apenas dos bloqueios nas rodovias, mas também das manifestações golpistas em muitas cidades brasileiras. Logo de início, integrantes dos Ministérios Públicos estaduais evitaram confirmar o que já se sabia ser verdade, assim como não citaram os nomes dos suspeitos, como forma de preservar as investigações.

 
Gostem ou não os aduladores de plantão do presidente da República, procuradores-gerais de Justiça de São Paulo, Santa Catarina e Espírito Santo informaram ao ministro Alexandre de Moraes, presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que as investigações identificaram a participação de empresários no financiamento dos recentes atos antidemocráticos. As informações foram repassadas a Moraes durante reunião realizada na manhã desta terça-feira (8) no TSE.

De acordo com o procurador-geral de Justiça de São Paulo, Mário Sarrubbo, que participou da reunião no TSE, já foi identificada a atuação de empresários e até de prefeituras na organização e no financiamento dos bloqueios de estradas e nos atos em quartéis das Forças Armadas. “São empresários que são financiadores, nós já temos alguns nomes, mas que não podemos relevar, que estão sendo investigados”, afirmou.

“Na nossa visão, há uma grande organização criminosa com funções predefinidas. Financiadores, arrecadadores, tem várias mensagens com número de PIX e tudo mais para que as pessoas possam abastecer financeiramente. E a partir daí nós temos que estabelecer quem exercia qual função. Tem a função financeira, a alimentação. Em São Paulo, a gente percebe ônibus de prefeituras transportando pessoas. Tudo isso está sendo objeto de investigação”, completou o chefe do MP paulista.


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