Filhote do totalitarismo bolsonarista, Tarcísio de Freitas está transformando SP em “faroeste caboclo”

 
O UCHO.INFO tem afirmado de maneira insistente que os brasileiros foram tomados por inexplicável parvoíce diante da baderna institucionalizada que avança na política nacional. Basta acompanhar a pasmaceira da opinião pública, que parece endossar os muitos absurdos cometidos pelas autoridades.

Governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos) é, além de turista acidental no mais importante estado da federação, um filhote do autoritarismo criminoso ressuscitado no País por Jair Bolsonaro, agora inelegível.

A Baixada Santista foi palco de matança indiscriminada, deflagrada depois da morte de um policial militar. O UCHO.INFO não está a defender criminosos, mas executar inocentes como forma de revanche é inaceitável. Infelizmente, os paulistas preferiram silenciar diante de um quadro que só foi possível porque o secretário de Segurança Pública, Guilherme Derrite, ex-comandante da Rota, é adepto do extermínio.

A pasta chefiada por Derrite divulgou nota, em 6 de setembro, informando o fim da Operação Escudo. No documento, a secretaria alegou que nenhum laudo apontou execução ou tortura. Foram mortas 28 pessoas, 958 presas e apreendidas 117 armas e quase uma tonelada de drogas.

Em países desenvolvidos e embalados pela democracia, o combate ao crime organizado se dá a partir da inteligência policial. Quem acompanha os bastidores da segurança pública sabe que há policiais envolvidos no tráfico de drogas, com pagamento de milionárias propinas mensais por parte dos traficantes.

Além da inteligência policial, o combate ao crime se dará no médio e longo prazo a partir da educação de qualidade e geração de postos de trabalho. O ingresso no mundo do crime não se dá apenas por diversão, mas, no primeiro momento, por necessidade de sobrevivência.

 
Após o segundo jogo da final da Copa do Brasil, vencida pelo São Paulo Futebol Clube, um torcedor do Tricolor Paulista morreu após ser atingido por “bean bag”, munição utilizada pela Polícia Militar. Esse tipo de munição não pode ser usado a curta distância e sempre deve buscar a parte inferior do corpo humano.

Rafael dos Santos Tercílio Garcia, torcedor do São Paulo FC, foi atingido na cabeça. A causa da morte foi traumatismo cranioencefálico. O governador Tarcísio de Freitas se pronunciou sobre o ocorrido e disse que os policiais quebraram o protocolo estabelecido para o uso da “bean bag”, munição que substituiu as balas de borracha.

Falar em quebra de protocolo é um deboche, mas não surpreende vindo de alguém que integrou o governo de Jair Bolsonaro, defensor fervoroso da matança indiscriminada. Mais uma vez, de forma surpreendente, a opinião pública se calou diante da declaração torpe de Tarcísio de Freitas.

Mas o descontrole da PM paulista, sob o comando de Tarcísio, continua provocando bizarrices por toda parte. Na noite de domingo (1), uma médica da Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Ipiranga, Zona Sul da cidade de São Paulo, foi presa dentro da unidade de saúde após ser acusada por policiais militares de desacato.

Testemunhas relataram que uma equipe da PM foi até a unidade para obter informações sobre o estado de saúde de um policial aposentado que deu entrada na UTI. No local, os PMs pediram o boletim médico, mas médica se negou a fornecer as informações porque somente os familiares têm acesso aos dados do paciente.

Na delegacia, a médica afirmou à autoridade policial que foi algemada dentro do hospital e colocada na viatura da PM. “Fui algemada e me colocaram no camburão. Me tiraram de dentro da UTI e os pacientes ficaram sozinhos”, disse.

Fosse o Brasil um país minimamente sério, os PMs já estariam afastados por abuso de autoridade. Até quando os paulistas ficarão de braços cruzados, enquanto Tarcísio de Freitas, impune, transforma São Paulo em reduto da truculência bolsonarista? Ainda dá tempo de reagir!


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