COP 28: governantes têm o dever de assumir compromisso efetivo para conter o avanço da crise climática

 
Em viagem oficial ao Oriente Médio, onde participará da COP 28, em Dubai, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva levou na bagagem uma posição confortável do Brasil em relação à emissão de gases do efeito estufa.

No discurso que fará no evento, Lula deve defender investimentos em energia renovável, assunto que contraria os interesses da região, cujas economias estão calcadas na exploração e venda de petróleo.

Em que pese o fato de os produtores de petróleo estarem atentos ao movimento global contra o uso dos combustíveis fósseis, a mudança da matriz energética não será fácil e rápida. Em suma, o uso dos derivados petróleo perdurará por algum tempo, comprometendo ainda mais o meio ambiente e o aquecimento global.

O planeta está muito próximo do ponto de inflexão no campo climático, ou seja, em breve será impossível reverter o quadro atual, caso medidas drásticas não sejam adotadas com máxima urgência.

Desde a Rio-92, diversos países e seus governantes apostaram em discursos ecologicamente corretos, mas na prática foi ínfimo o avanço para conter as mudanças climáticas. Ao longo desses 30 anos, a contrapartida da natureza mostrou-se implacável, algo possível de ser constatado com facilidade.

 
O grande desafio no campo das mudanças climáticas é impedir que a situação piore ainda mais, já que reverter o quadro é quase impossível. Em outras palavras, o ser humano será obrigado a conviver com o cenário climático atual.

No Brasil, por exemplo, chuvas torrenciais, inundações e tragédias naturais têm atingido o Sul e o Sudeste, enquanto a seca avança no Nordeste e já alcança a região Norte. Considerando que o cenário atual beira o insuportável, evitar o pior é mandatório.

Com 7.367 km de costa, o Brasil já registra em várias cidades litorâneas a diminuição da faixa de areia nas praias, situação decorrente do aumento do aquecimento global e o consequente aumento do nível dos oceanos. Autoridades têm buscado medidas paliativas para minimizar os danos e preservar construções, mas a natureza dá sinais de que tais ações perderão a eficácia em pouco tempo.

O melhor exemplo é a praia central de Balneário Camboriú, em Santa Catarina, que perdeu 70 metros de faixa de areia devido à erosão marítima, mesmo após alargamento por meio de aterro.

Por outro lado, a ocupação ilegal de áreas de risco coloca cada vez mais a população carente diante da possibilidade de tragédias, como aconteceu no início do corrente ano em São Sebastião, no litoral norte paulista.


Se você chegou até aqui é porque tem interesse em jornalismo profissional, responsável e independente. Assim é o jornalismo do UCHO.INFO, que nos últimos 20 anos teve participação importante em momentos decisivos do País. Não temos preferência política ou partidária, apenas um compromisso inviolável com a ética e a verdade dos fatos. Nossas análises políticas, que compõem as matérias jornalísticas, são balizadas e certeiras. Isso é fruto da experiência de décadas do nosso editor em jornalismo político e investigativo. Além disso, nosso time de articulistas é de primeiríssima qualidade. Para seguir adiante e continuar defendendo a democracia, os direitos do cidadão e ajudando o Brasil a mudar, o UCHO.INFO precisa da sua contribuição mensal. Desse modo conseguiremos manter a independência e melhorar cada vez mais a qualidade de um jornalismo que conquistou a confiança e o respeito de muitos. Clique e contribua agora através do PayPal. É rápido e seguro! Nós, do UCHO.INFO, agradecemos por seu apoio.