Ao não participar do Democracia Inabalada, Arthur Lira endossou a tentativa de golpe liderada por Bolsonaro

 
Não é de hoje que afirmamos que o Congresso Nacional, salvas algumas exceções, tornou-se palco de banditismo político, tamanho é o descaramento dos parlamentares no âmbito de chantagens, negociatas e outros crimes cometidos à sombra da tal imunidade. Recentemente, alertamos os leitores para o fato de que faltava muito pouco para o Brasil se tornar refém de uma ditadura parlamentar, algo incontestável.

Batizado pelo UCHO.INFO como o que há de pior na política brasileira, o centrão tornou-se uma facção que usa o mandato legislativo para extorquir o governo federal e avançar sobre os cofres públicos. Não é preciso qualquer esforço do raciocínio para constatar tal cenário, já que os líderes do centrão têm currículos que confirmam o que há muito afirmamos.

Presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL) comandou o boicote do centrão ao evento Democracia Inabalada, que teve lugar no Congresso Nacional, na segunda-feira (8), e contou com a presença de 500 convidados.

Lira foi obediente ao senador Ciro Nogueira – presidente nacional do PP e o bolsonarista que nos governo do PT teve lugar de destaque no escândalo do Petrolão –, juntando-se aos governadores e parlamentares bolsonaristas que boicotaram o evento organizado pelos presidentes do Executivo, do Legislativo e do Judiciário.


 
O presidente da Câmara justificou sua ausência no evento com problemas de saúde do pai, Benedito de Lira, cuja trajetória política confirma o dito popular “o fruto jamais cai longe da árvore”. Para escapar das críticas, Arthur Lira usou as redes sociais para afirmar que os responsáveis pelos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023 devem ser punidos de acordo com a legislação vigente.

O deputado alagoano extorquiu o governo federal sem cerimônia ao longo do ano passado, postura que deve ser intensificada em 2024, quando matérias importantes e do interesse do Palácio do Planalto serão discutidas e votadas, como, por exemplo, a regulamentação da reforma tributária.

A ausência de Lira no evento de segunda-feira confirma que o governo é refém de um político profissional e sem escrúpulos, assim como a ameaça de um golpe de Estado continua rondando a Praça dos Três Poderes. Faz-se necessário lembrar que é absolutamente difícil governar tendo o golpismo no horizonte.

É importante que os brasileiros de bem, comprovadamente avessos à informação de qualidade, lembrem que os ausentes no evento Democracia Inabalada endossam a fracassada tentativa de golpe operada por Jair Bolsonaro e seus criminosos estafetas. Em um país minimamente sério estariam todos presos.


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