Morre em São Paulo, aos 74 anos, o ex-deputado Antonio Henrique Cunha Bueno, político habilidoso

 
Morreu nesta segunda-feira (22), em São Paulo, o ex-deputado federal Antônio Henrique Bittencourt Cunha Bueno, aos 74 anos, em razão de falência múltipla de órgãos. Ele enfrentava há anos problemas renais e realizava sistemáticas sessões de hemodiálise. No final de 2024, Cunha Bueno foi internado no Hospital Albert Einstein, na zona sul da capital paulista.

Formado em Economia pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, Cunha Bueno ingressou aos 21 anos na política, como vereador, tendo trilhado uma respeitável trajetória como parlamentar, com sete mandatos consecutivos de deputado federal.

Além de seu destacado papel como parlamentar, Antonio Henrique Cunha Bueno comandou a Secretaria de Cultura no governo de Paulo Maluf. Na sequência, filiou-se ao PDS, sendo reeleito em 1982, 1986 e 1990, superando assim os quatro mandatos de seu pai, Antonio Sylvio Cunha Bueno.

Ao longo de sua carreira política, Cunha Bueno presidiu o diretório estadual do PDS e desempenhou papel crucial em eventos políticos significativos, como a votação da Emenda Dante de Oliveira em 1984 e o apoio a Paulo Maluf no Colégio Eleitoral em 1985. Participou ativamente da Assembleia Nacional Constituinte, defendendo propostas, como o plebiscito para definir a forma de governo em 1993, mesmo presidindo o Movimento Parlamentarista Monárquico.

Sua inegável dedicação à política e às causas importantes para o País foi reconhecida internacionalmente. Em 1987, foi admitido à Ordem do Infante D. Henrique por Mário Soares, então presidente de Portugal. Em 1995, Fernando Henrique Cardoso homenageou Cunha Bueno com a Ordem do Mérito Militar.


 
Cunha Bueno agiu de forma ética e coerente ao votar pelo impeachment de Fernando Collor de Mello, em 1992. Filiou-se ao PPR e PPB, sendo reeleito deputado federal em 1994 e 1998. Além disso, atuou como economista.

Casou-se em primeiras núpcias com Carolina Brennand Coelho, filha do ex-senador pernambucano Nilo Coelho. Foi com Antonieta Mottin, com quem estava casado, que Cunha Bueno viveu os anos mais felizes da sua vida.

Em 24 de dezembro, Cunha Bueno conversou por telefone com o editor do UCHO.INFO, de quem era amigo. Já hospitalizado, mas com bom humor, disse que estava se preparando para um Natal judaico, já que estava no Hospital Albert Einstein. O editor combinou de visitá-lo no hospital, mas “Cunha”, como era carinhosamente chamado pelos amigos, não respondeu à mensagem enviada no dia 31.

O País perde um político hábil e dedicado, sempre preocupado com as causas de interesse nacional, mas acima de tudo um grande brasileiro. O velório de Antonio Henrique Cunha Bueno acontecerá na terça-feira (23), no Funeral Home, na Rua São Carlos do Pinhal, 375, das 9h00 às 12h00. O sepultamento será no Cemitério da Consolação (Rua da Consolação, 1660), às 13 horas.


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