Ex-procurador da República, Deltan Dallagnol ganhou notoriedade ao liderar a força-tarefa da Operação Lava-Jato no Paraná, mas agora não consegue lidar com a própria insignificância. Desde a cassação do mandato de deputado federal, Dallagnol tenta de todas as formas atrair os holofotes, mas as investidas têm fracassado.
Nesta sexta-feira (22), o ex-procurador resolveu comentar a decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), de novamente decretar a prisão de Mauro Cid- ex-ajudante de ordens da Presidência da República. Cid foi preso por obstrução à Justiça, situação gerada pelo conteúdo de gravações vazadas e, que ele critica o magistrado e a Polícia Federal.
Em publicação na rede social “X” (antigo Twitter), Dallagnol afirma que uma prisão como a de Cid nunca ocorreu na Lava-Jato. “Como temos denunciado há anos, parece que o verdadeiro pau de arara do século XXI e a verdadeira tortura de presos para obter delações, como disseram os senhores Dias Toffoli e Gilmar Mendes, não estava, como nunca esteve, na Lava Jato. Estava o tempo todo no STF”, escreveu.
Quando forneceu ao Ministério Público Federal detalhes sobre o esquema de corrupção na Petrobras, o editor do UCHO.INFO alertou para o fato de que as investigações deveriam respeitar os limites da legalidade para que evitar o que ocorreu com as operações Castelo de Areia e Satiagraha, anuladas pela Justiça por atropelar a legislação.
Dallagnol pode estar sofrendo de “amnésia de conveniência”, pois muitas delações no escopo da Lava-Jato foram obtidas à base de chantagens e ameaças. O UCHO.INFO ouviu relatos de investigados e advogados de defesa, que afirmaram, sob anonimato, que os acordos de delação foram obtidos de forma criminosa. Diante de condenações pesadas, os delatores acabaram sucumbindo à truculência dos investigadores.
Para não colocar em risco os delatores com os quais conversamos e seus familiares, assim como os advogados, deixamos de identificá-los nesta matéria, mas reiteramos que acordos de colaboração foram obtidas debaixo de ameaças. Um dos delatores afirmou ter aceitado o acordo depois que os investigadores ameaçaram envolver sua família (esposa, filhas e genros).
Deixando de lado as chantagens e ameaças que tiveram lugar na Lava-Jato, a condenação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva no caso do apartamento em Guarujá é um dos maiores absurdos jurídicos da história recente. É impossível condenar um réu com base em indícios, mas Deltan Dallagnol e Sérgio Moro, que tinham um projeto político em marcha, preferiram ignorar os ditames da lei.
Cabe-nos ressaltar que ao citar o caso do presidente Lula não estamos afirmando que jamais houve corrupção no governo do petista. Sempre destacamos a importância do respeito à lei para que o investigado não se torne vítima do Estado, como aconteceu na Lava-Jato e outras tantas investigações.
Deltan Dallagnol deveria administrar a própria insignificância e criar coragem para tratar o histrionismo que o acomete. Enquanto isso, sugerimos que passe a ministrar aulas sobre Power Point.
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