Oposicionista que integrava o gabinete de guerra montado pelo primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu, Benny Gantz anunciou neste domingo (9) que deixará o governo, passados oito meses desde o início do conflito contra o grupo radical islâmico Hamas na Faixa de Gaza.
Com isso, Netanyahu perde o único partido de centro que integrava sua coalizão de emergência, formada após o atentado terrorista do Hamas em 7 de outubro, e volta a estar legitimado apenas por partidos de ultradireita.
“Netanyahu está nos impedindo de progredir para uma vitória real. É por isso que nós estamos deixando o governo de emergência hoje com o coração pesado”, afirmou Gantz em mensagem televisionada.
Ele voltou a criticar o premiê israelense pela condução da guerra na Faixa de Gaza, e pediu a antecipação de eleições para que seja formado um novo governo capaz de “conquistar a confiança do povo e enfrentar desafios”.
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No sábado (8), o Exército israelense anunciou o resgate de mais quatro reféns com vida. Familiares das pessoas que continuam em poder do Hamas, porém, temem que muitos não sobrevivam ao conflito, por isso pressionam o governo por um cessar-fogo.
Críticos ao governo de Netanyahu também o acusam de tentar prolongar o conflito em Gaza indefinidamente para se manter no poder.
Em maio, Benny Gantz já havia ameaçado desembarcar do governo se Netanyahu não aprovasse um plano pós-guerra para Gaza.
É improvável, porém, que a saída de Gantz vá abalar seriamente o governo em Tel Aviv. (Com agências internacionais)
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