A Polícia Federal deflagrou na manhã desta terça-feira (11) uma operação no âmbito do ataque a faca ao então candidato Jair Bolsonaro (PL) na eleição de 2018.
O diretor-geral da PF, Andrei Rodrigues, afirmou aos jornalistas que a operação encerra o caso de Adélio Bispo de Oliveira, que esfaqueou Bolsonaro na cidade mineira de Juiz de Fora, em 6 de setembro de 2018.
De acordo com Andrei, a operação desta terça-feira mirou um advogado de Adélio, que tem relações com o crime organizado. Apesar disso, o diretor afirmou que o advogado não teve relação com a facada.
“O advogado é ligado ao crime organizado. Mas [não há] nenhuma vinculação desse advogado com a tentativa de assassinato do ex-presidente. Nós informamos ao Judiciário, sugerindo o arquivamento dessa parte do inquérito”, o diretor da corporação.
Durante as diligências, foram cumpridos mandados de busca e apreensão para nova análise de equipamentos eletrônicos e documentos. Ao menos R$ 200 milhões foram bloqueados e haverá investigação sobre lavagem de dinheiro.
A PF se manifestou pelo arquivamento do inquérito sobre a facada em Bolsonaro. A corporação informou que apresentou o relatório final, atendendo a solicitações do Ministério Público Federal. A decisão final caberá à Justiça.
Durante o governo Bolsonaro, a Polícia Federal já havia afirmado que Adélio agira sozinho, apesar de os bolsonaristas insistirem em responsabilizar partidos de esquerda pelo crime.
É importante destacar que o crime cometido por Adélio Bispo garantiu a Jair Bolsonaro o mandato presidencial conquistado nas urnas. Ciente de que o ataque a faca renderia votos, o bolsonarismo explorou ao máximo o episódio.
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