Senilidade de Biden

(*) Gisele Leite

Depois do fracasso do primeiro embate entre Biden e Trump, o comportamento de Joe Biden, com 81 anos, em compromissos oficiais recentes aponta para a duvidosa capacidade do candidato à reeleição. Seus opositores questionam a saúde e a idade avançada do democrata, sugerindo que deva desistir da candidatura. Biden protagonizou quedas, gafes e comportamentos lastimáveis nos derradeiros tempos.

Durante o debate televisivo apresentava voz fraca e expressões perdidas diante dos questionamentos de Trump. Biden justificou num evento de campanha na Virgínia seu mau desempenho devido ao cansaço intenso promovido por viagens internacionais e ter passado por cerca de cem fusos horários antes do referido debate. Afirmou que não é desculpa, mas representa uma explicação.

A Casa Branca, oficialmente, manifestou que o Chefe do Executivo norte-americana negou que Biden tenha Alzheimer ou qualquer tipo de demência, negou ainda estar ocultando informações sobre o estado de saúde do atual presidente.

Segundo o relatório de saúde do Presidente que foi divulgado por seus médicos ainda no início de 2024, o expressamente declara apto para cumprir suas funções.

O médico Robert Howard, em entrevista ao jornal Daily Mail, reforçou que não é possível diagnosticar a pessoa sem examiná-la e, a divagação apresentada em público por Biden representam sinais de alerta. Já o clínico geral Mike Smith, do sistema de saúde do Reino Unido afirmou que não haver dúvida de que o candidato à reeleição tem comprometimento cognitivo. Pois, ele se esforça para encontrar a palavra certa, às vezes, termina a frase com algo que não faz sentido. Parece se concentrar muito para se manter no tópico.

Segundo a neurologista Luciana Mendonça Barbosa, coordenadora do hospital Sírio-Libanês de Brasília, a divagação em idosos é sinal de alerta que requer avaliação neurológica cuidadosa pois pode indicar quadro inicial de comprometimento cognitivo. Esclareceu ainda que a idade, por si só, não é fator determinante para que apresente declínio cognitivo. Estudos mostram que superidosos e centenários apresentam bom estado de saúde e capacidade cognitiva preservada.

Enfim, a popularidade do Presidente dos EUA segue em vertiginosa queda, reforçada por gafes que se acumulam e preocupam muito sua equipe. Seus adversários aproveitam para colocar em xeque não apenas a sua idade, mas sua capacidade cognitiva. Um dos maiores desafios já enfrentado por Biden reporta a sua infância que é a gagueira, além do fato de já ter sofrido dois aneurismas cerebrais severos.

Até o uso do teleprompter também é desastroso tendo até repetido: “Repita a última frase”. Enfim, a viralização de seus tropeços acarretam ainda maiores questionamentos. É bom lembrar que os presidenciáveis de 2024 se baseiam justamente no ódio devotado ao rival para vencerem a corrida à Casa Branca.

Um duelo entre rejeições mostra um retrato da política em forma de desilusão. De fato, Biden é a pessoa mais velha a ocupar a Presidência dos EUA e alguns que trabalham com ele revelam que parece estar mais lento e apresenta bons e maus momentos.

Sua reputação no Capitólio foi de grande negociador de acordos legislativos, conhecido por ter conhecimento detalhado de questões e percepções sobre as motivações e necessidades do outro lado.

Seu oponente, Trump tem apenas três anos a menos que Biden, mas também já enfrentou questionamentos sobre sua acuidade mental, principalmente em face de muitas inverdades ditas com tamanha veemência.

(*) Gisele Leite – Mestre e Doutora em Direito, é professora universitária.

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