Atentado a Donald Trump

(*) Gisele Leite

Em geral, os políticos que estimulam a violência são próprias vítimas do ambiente que criam. A história dos EUA já registra os assassinatos de Lincoln, atacado durante uma peça no Ford’s Theater e morreu pouco depois, em 1865; Garfield foi baleado em uma estação de trem e sucumbiu aos ferimentos meses depois. McKinley, atingido por um anarquista, faleceu após dias de agonia.

Kennedy foi assassinado em Dallas, em um evento que gerou teorias da conspiração que perduram até hoje. Houve também inúmeras tentativas que falharam, como os incidentes envolvendo Gerald Ford e Ronald Reagan, que sobreviveram e continuaram seus mandatos. Esses eventos realçam a valentia e a resiliência dos líderes frente ao perigo extremo. Cada presidente dos EUA, assim como figuras políticas de alta relevância, contam com a proteção vitalícia do Serviço Secreto.

Este esforço segue o princípio de que proteger figuras políticas é crucial para a estabilidade e a continuidade democrática. Trump foi alvejado de raspão na orelha durante o comício do último sábado, dia 13.7.2024, na Pensilvânia e, logo depois, fora levado às pressas pelo Serviço Secreto. O ex-presidente dos EUA passa bem, mas tal evento deve ter efeito bombástico nas urnas. No dia 15, segunda-feira, haverá a Convenção Nacional Republicana quando receberá a indicação formal para candidatar-se à Presidência dos EUA.

O incidente ocorreu a menos de quatro meses anteriores ao dia da eleição que será no próximo 5 de novembro, onde enfrentará uma revanche eleitoral contra Biden. O atirador, segundo o FBI, era Thomas Matthew Crooks, de vinte anos e foi morto por agentes de segurança após disparar rifle semiautomático do tipo AR-15, matando um espectador e ferindo outros. O atirador não tinha antecedentes criminais, sendo registrado como republicano conforme anotações oficiais eleitorais.

Além do atirador, uma pessoa da plateia morreu e outras duas ficaram gravemente feridas, de acordo com Serviço Secreto. A motivação até o momento é desconhecida. Outros republicanos, também democratas, como Ritchie Torres, de Nova York, afirmaram que as falhas de segurança em torno da tentativa de assassinato de um candidato à Presidência exigem uma séria investigação. Trump visitava o Estado indeciso da Pensilvânia.

Todos os líderes, tanto os republicanos como os democratas, condenaram veemente a violência. A disputa entre Trump e Biden mostra-se acirrada, com a maioria das pesquisas de opinião mostrando que estão empatados. Será que esse tiro será o desempate?

(*) Gisele Leite – Mestre e Doutora em Direito, é professora universitária.

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