(*) Gisele Leite
Finalmente, a tão esperada desistência de Biden quanto à presidência dos EUA aconteceu, endossando a vice Kamala Harris. Afinal, com a saúde questionada e devido à notória grande pressão para abandonar a disputa depois de um oceano de gafes. Apesar de um longo histórico de gafes em que o político confunde nomes e datas – desde a época em que era vice-presidente de Barack Obama – o aumento da frequência desse tipo de episódio nos últimos anos vinha aumentando preocupações com sua idade.
Comentaristas apontam que ele não deveria ter esperado tanto e que pôs em perigo o seu legado. Essa decisão fora tomada apenas a quatro meses das eleições nos EUA e, altera a dinâmica da disputa pela Casa Branca. E, foi devido ao fraco desempenho de Biden no debate contra Donald Trump, no fim de junho. Em carta postada em suas redes sociais, Biden afirmou que foi a maior honra de sua vida ter servido ao país como presidente. Logo após saber da desistência, Donald Trump, candidato republicano, disse em sua conta no Truth Social que Biden “não estava apto para concorrer à presidência”.
O ex-presidente Barack Obama também se manifestou sobre o caso. Em um comunicado publicado na plataforma Medium, o democrata classificou Biden como “um patriota da mais alta ordem”. Biden foi vice-presidente na gestão Obama entre 2009 e 2017. Nos últimos dias, os rumores de desistência aumentaram.
O ex-presidente Barack Obama e a ex-líder da Câmara Nancy Pelosi, duas fortes vozes no Partido Democrata, demonstraram insegurança com o atual presidente. Biden foi diagnosticado Covid-19 na quarta-feira (17.7.2024) e teve de suspender eventos de campanha. Desde então, ele está em isolamento em sua casa em Delaware. Segundo a imprensa norte-americana, diante da pressão, ele começou a ficar mais reflexivo sobre a candidatura.
As eleições dos EUA acontecerão em 5 de novembro. A Convenção Nacional Democrata, que vai oficializar o candidato do partido que vai disputar a Casa Branca, será entre 19 de agosto e 22 de agosto. Com o atentado a Trump, operou-se maior divisão entre os apoiadores de Biden. Enfim, eis a primeira vítima certeira do atentado à Donald Trump.
Embora nome mais cotado para assumir a dianteira na disputa contra Donald Trump é seja o de Kamala Harris, há outros concorrentes dispostos ao páreo. Entre os outros nomes temos: Gretchen Whitmer, J. B. Pritzker, Dean Phillips e Gavin Newson.
A vice-presidente Kamala Harris fez uma rodada de ligações no domingo, incluindo para a presidente da bancada hispânica do Congresso, Nanette Barragán, de acordo com uma fonte familiarizada com as conversas.
(*) Gisele Leite – Mestre e Doutora em Direito, é professora universitária.
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