Boletim Brasil em Paris – II

     
    Judô

    O judoca brasileiro Willian Lima faturou prata, a primeira medalha do país na Olimpíada de Paris. Natural de Mogi das Cruzes (SP), o atleta de 24 anos, estreante em Olimpíadas, foi superado na final dos 66 quilos pelo campeão olímpico japonês Abe Hifumi, quatro vezes campeão mundial.

    Para chegar à final, o judoca paulista enfileirou quatro vitórias consecutivas.

    Na sequência, foi a vez da paulista Larissa Pimenta conquistar o bronze ao derrotar na final dos 52kg a italiana Odette Giuffrida, no “golden score” (tempo extra). A adversária foi punida com o terceiro “shido” (falta de competitividade). A judoca de 25 anos avançou à final na repescagem, após aplicar um “ippon” na alemã Mascha Ballhaus.

    Skate street feminino

    A atleta brasileira Rayssa Leal, 16 anos, conquistou, neste domingo (28), a medalha de bronze no skate street feminino. Com muita emoção e um recorde olímpico, a brasileira conquistou o terceiro lugar na última manobra dos Jogos Olímpicos Paris 2024.

    Rayssa teve um início instável, mas conseguiu se recuperar. Ela começou errando as duas primeiras voltas na bateria e precisava de notas altas nas manobras. A Fadinha conseguiu a maior nota da história do “skate street olímpico” até aquele momento com 92.68 e avançou em sétimo lugar.

    Na final, a brasileira terminou a fase de voltas em quinto lugar, com 71.66. No momento das manobras, o talento falou mais alto. Ela bateu o próprio recorde na segunda tentativa e fez 92.88. Rayssa errou a primeira, a terceira e a quarta tentativas. Na última, conseguiu um 88.83 para garantir o bronze em Paris.

    Em 2020, nas Olimpíada de Tóquio, a maranhense Rayssa conquistou a medalha de prata, aos 13 anos.

    Ginástica artística

    O Brasil teve bom desempenho na classificatória da ginástica artística, neste domingo (28), nos Jogos Olímpicos de Paris. O destaque ficou por conta de Rebeca Andrade, que liderou o time brasileiro na classificação final por equipes.

    Rebeca garantiu presença nas finais do individual geral, salto, trave e solo. O bom desempenho abrange também outras integrantes da equipe. Flávia Saraiva está na prova individual geral, Júlia Soares também está na luta por medalha na trave.

    Tênis feminino

    Bia Haddad vence no tênis simples feminino e avança. A Tenista brasileira fechou partida por 2 sets a 1, derrotando Varvara Gracheva, da França. É a primeira vitória do Brasil no simples feminino em Olimpíadas depois de 38 anos.

    Canoagem slalom

    “Foi tão difícil todos os treinamentos, a gente tem trabalhado tão duro. Ao mesmo tempo em que estou contente de ter entregado meu melhor, estou triste por ter chegado tão perto.”

    Desse modo, em sua quarta participação em Olimpíadas, Ana Sátila escancarou sua decepção com a quarta colocação no caiaque K1 da canoagem slalom nos Jogos de Paris.

    “Está sendo, acho, o momento mais difícil da minha carreira”, afirmou a mineira depois da final, decepcionada mesmo depois de registrar, no estádio náutico Vaires-sur-Marne, o melhor resultado olímpico de sua vida.

    Em Tóquio-2020, acabou na 13ª colocação no K1, não participando da final.

    Na França, Ana Sátila, com o tempo de 100s69, ficou atrás da australiana Jessica Fox (ouro, 96s08), da polonesa Klaudia Zwolinska (prata, 97s53) e da britânica Kimberley Woods (bronze, 98s94).

    “Eu estava sonhando muito com essa medalha todos os dias. Estava muito positiva, muito alegre, me sentindo muito bem na água”, disse. “É muito difícil, acho que ninguém imagina como é para um atleta olímpico terminar em quarto lugar.”

    Handebol feminino

    O Brasil dominou a maior parte da partida contra a Hungria, abriu quatro gols de vantagem, mas não conseguiu fechar o jogo. No último lance, a Hungria conseguiu a vitória por 25 a 24.

    Ataques precipitados complicaram a seleção na partida, que tem uma vitória e uma derrota no torneio.

    Esgrima

    A brasileira Mariana Pistoia reconheceu que a ansiedade contribuiu para a eliminação na primeira rodada do florete olímpico, na manhã deste domingo (28), no Grand Palais. Ela perdeu por 15-13 para a filipina Samantha Kyle Catantan.

    Pistoia liderou a contagem na primeira metade do combate, mas a filipina reagiu e prevaleceu nos pontos decisivos. “Eu senti que estava muito ansiosa pra fazer as coisas. O que definiu o combate foi que ela errou menos do que eu. Especialmente ali no final”, disse a brasileira.

    “Nunca tinha jogado nada nem parecido”, disse Pistoia, referindo-se ao ambiente do Grand Palais, palácio de exposições do século 19 com uma monumental cúpula de vidro. “Tudo muito lindo, muito diferente. É uma experiência incrível, mas fica essa tristeza de querer ter entregado um pouco mais.”

    Ao lado dela, o treinador Alexandre Teixeira concordava. “Foi muito detalhezinho pequeno. Uma ponta que não acende, um errinho que tu toca onde não vale, que deveria ser onde vale. Foi no detalhe, realmente. Era um jogo equilibrado. É uma pena. A gente sai com aquele sentimento de que podia estar mais à frente.”

    Nadadora expulsa

    Dona de quase 150 medalhas de ouro em sua carreira, a nadadora Ana Carolina Vieira foi expulsa pelo Comitê Olímpico do Brasil (COB) após cometer um ato de indisciplina durante a realização dos Jogos Olímpicos de Paris. A situação aconteceu na última sexta-feira (26), dia da Cerimônia de Abertura do evento.

    Ana Carolina saiu da Vila Olímpica sem autorização ao lado do namorado Gabriel Santos, que também integra a equipe de natação do Brasil. Além disso, a atleta contestou de forma agressiva mudanças feitas no revezamento da prova 4×100 metros “livre”, realizados na manhã de sábado (no Brasil). As ações foram determinantes para seu desligamento da equipe.

    Histórico de confusões – Não foi a primeira vez que Ana Carolina Vieira se envolveu em confusão durante uma competição. Em junho de 2023, ela chegou às vias de fato com a também nadadora Jhennifer Alves durante o Troféu Brasil de natação, disputado no Recife. Jhennifer, que havia conquistado a medalha de ouro nos 100m peito, prova na qual Ana Carolina foi bronze, teria trocado provocações com a companheira de profissão, que, segundo os relatos, a agrediu na sequência.

    Após trocarem tapas e arranhões, elas registraram o caso na delegacia de Boa Viagem. Na ocasião, as atletas acabaram não sendo punidas pela organização do Troféu Brasil. O Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) da modalidade também chegou a analisar o caso.


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