Boletim Brasil em Paris – V

 
Ginástica artística

As ginastas brasileiras Rebeca Andrade, Flávia Saraiva, Jade Barbosa, Lorrane Oliveira e Julia Soares fizeram história na tarde desta terça-feira (30), conquistando a medalha de bronze na disputa por equipes da ginástica artística nos Jogos Olímpicos de Paris. É a primeira vez que o Brasil garante lugar no pódio na disputa por equipes da modalidade em uma edição do megaevento esportivo.

Para alcançar o feito, a equipe verde-loura somou 164.497 pontos, atrás apenas dos Estados Unidos, que contou com o brilho de Simone Biles para ficar com o ouro ao alcançar 171.296 pontos, e da Itália, prata com 165.494 pontos.

Com a medalha de bronze, a ginástica do Brasil chega ao total de sete medalhas em edições de Jogos Olímpicos. A primeira conquista veio nos Jogos de Londres (2012), um ouro de Arthur Zanetti nas argolas. Quatro anos depois, no Rio de Janeiro, Zanetti foi medalhista novamente nas argolas, mas de prata. Já Diego Hypolito e Artur Nory conquistaram, respectivamente, uma prata e um bronze no solo. Por fim, nos Jogos de Tóquio (2020), Rebeca Andrade conquistou as primeiras medalhas da ginástica feminina brasileira: um ouro no salto e uma prata no individual geral.

Tênis

A dupla brasileira Thiago Monteiro e Thiago Wild foi derrotada por 2 sets a 0, com parciais de 6/4 e 7/6 para os norte-americanos Austin Krajucek e Rajeev Ram. A partida durou 1 hora e 48minutos.

Monteiro e Wild sentiram-se em casa com a torcida brasileira na quadra de Roland Garros, mas o apoio não foi suficiente para garantir a vitória. Os adversários dominaram a partida, estando à frente desde o começo da disputa e frearam a tentativa de reação dos brasileiros. A partida teve 23 games.

Com esse resultado, a dupla brasileira se despede dos Jogos Olímpicos de Paris sem medalhas. Ambos também foram eliminados no simples, por essa razão não têm mais chances de medalha na França.

Natação

A nadadora paulista Beatriz Dizotti, 24 anos, se classificou para a final dos 1.500 metros livre para mulheres na Olimpíada de Paris. Na bateria classificatória, Bia terminou na terceira posição, com a marca de 16min26s40. Ela avançou para a final com o sétimo melhor tempo entre as nadadoras.

É a primeira vez que uma atleta do Brasil avança à decisão nesta prova. A norte-americana Katie Ledecky, atual campeã olímpica e recordista mundial, se classificou com o melhor tempo das eliminatórias: 15min47seg43.

A final dos 1.500m livre está programada para a quarta-feira (31), às 16h13 (horário de Brasília).

“Na Olimpíada passada eu fiquei em 24º, longe do meu melhor tempo, bem longe. Hoje ainda não foi a prova perfeita. Mas sei que na final pode ser melhor. Tudo acontece por um porquê. Na Olimpíada passada com esse tempo eu não ia chegar na final. Acho que eu estou pronta para nadar melhor à tarde. E estou muito feliz por fazer história”, comemorou a nadadora, em depoimento ao Comitê Olímpico do Brasil (COB).

Beatriz Dizotti participou da Olimpíada de Tóquio 2021. A inédita chegada à final representa superação. Nos últimos dois anos, a nadadora passou por cirurgias para a retirada de tumores no ovário, ficando afastada das piscinas. O último procedimento ocorreu em dezembro. Ela se recuperou a tempo de participar do Mundial de Natação de Doha, em fevereiro passado.

Vôlei de praia masculino

A dupla brasileira George e André foi derrotada pelos cubanos Diaz e Alayo no vôlei de praia masculino nos Jogos Olímpicos de Paris 2024. A partida terminou em 2 a 0 e com extrema superioridade cubana, que fez provocações durante todo o confronto.

O primeiro set mostrou a superioridade da dupla cubana, por 21 a 13. Diaz e Alayo tiraram a concentração dos brasileiros, que tiveram muita dificuldade na tomada de decisão. O jogador Alayo mostrou os músculos, chamava a torcida e fazia sinal de silêncio a cada ponto conquistado.

No segundo set, os cubanos voltaram a crescer. Com o mesmo estilo de jogo, apesar da reação brasileira, Cuba venceu por 21 a 18. Dupla da América Central manteve postura provocativa e desestabilizou brasileiros. Tanto George quanto André, considerado um dos maiores bloqueadores da modalidade, não fizeram boa partida.

A seleção brasileira ainda pode classificar em Paris. Cubanos estão na primeira posição do Grupo D, após vencer a segunda prova seguida no torneio. Brasileiros derrotaram os marroquinos no primeiro jogo disputado e enfrentam os Estados Unidos em 1º de agosto, às 10h (horário de Brasília).

Vôlei de praia feminino

A dupla feminina de vôlei de praia Carol Solberg e Bárbara Seixas conseguiu a segunda vitória seguida na Olimpíada de Paris, debaixo de forte calor na Arena Torre Eiffel. Nesta terça-feira (30), a temperatura na capital francesa chegou a 35º C. No duelo contra a parceria de Monika Paulikiene e Aine Raupelyte, representantes da Lituânia, as brasileiras venceram com tranquilidade por 2 sets a 0, parciais de 21/13 e 21/14.

O resultado garantiu a dupla do Brasil nas oitavas de final da competição com uma rodada de antecedência. Os dois primeiros de cada grupo, e os dois melhores terceiros colocados avançam diretamente para as oitavas de final. Os outros times que ficarem no terceiro lugar disputam a repescagem.

“Todo calor que a gente estava esperando em Paris chegou. Mas nós somos brasileiras, estamos mais acostumadas e preparadas. A gente percebeu que elas estavam sentindo cansaço por causa do calor, e aproveitou para acelerar o jogo em momentos que estava bem. Deu certo, e a gente conseguiu uma vitória muito importante”, afirmou Bárbara Seixas, em depoimento ao Comitê Olímpico do Brasil.

“O jogo contra a dupla da Holanda é sempre muito duro, bem parelho. Elas sacam muito bem, não desistem nunca. Agora é se preparar com tudo para buscar esse primeiro lugar na chave. Esse jogo vale muito para a gente, todos jogos são muito importantes nos Jogos Olímpicos e vamos com tudo para cima”, disse Carol Solberg.

Tiro com arco

Número um do mundo, Marcus D’Almeida confirmou o favoritismo e está nas oitavas de final do tiro arco individual masculino nos Jogos Olímpicos de Paris.

O brasileiro despachou o japonês Fumiya Saito por 7 a 1 — 29/25, 29/28, 30/30 e 28/26. O adversário, 38º colocado no ranking global, não teve chances contra o campeão mundial de 2023. Cada set vencido vale dois pontos, enquanto o empate rende um.

Marcus beirou a perfeição, acertando o 10 no alvo (mosca) oito vezes, em 12 disparos. O brasileiro começou bem, colocando pressão sobre Saito, e só não venceu no terceiro set com uma rodada perfeita porque o japonês também somou 30 em três disparos.

O arqueiro brasileiro disputa sua terceira edição de Olimpíadas e é esperança de medalha. Ele ficou em nono na última edição dos Jogos, em Tóquio (20210, após ter estreado nos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro (2016) em 33º lugar. A classificação às oitavas revela sua melhor campanha olímpica.

Tênis de mesa

O mesa-tenista brasileiro Hugo Calderano está nas oitavas de final dos Jogos Olímpicos de Paris. Na segunda rodada do torneio de tênis de mesa, o atleta carioca teve um jogo difícil contra o espanhol Alvaro Robles.

O adversário começou melhor, levando a primeira parcial por 11/7. O brasileiro deu o troco levando as parciais seguintes por 13/11 e 11/9. Robles voltou a endurecer a disputa e venceu o quarto set por 11/8, deixando tudo empatado em 2 a 2.

Calderano voltou a tomar o controle da partida. Venceu a quinta parcial por 11/3 e encerrou o sexto e último set em 11/5, fechando o jogo de virada por 4 a 2, em 53 minutos de duelo.

Cabeça de chave número quatro do torneio olímpico, Hugo Calderano terá pela frente o francês Alexis Lebrun, em busca de uma vaga nas quartas de final para igualar o seu melhor resultado em Olimpíadas. Nos Jogos Olímpicos de Tóquio, em 2021, ele chegou até a fase de quartas.

Hugo Calderano é o único brasileiro restante no individual masculino no tênis de mesa. Também nesta terça (30) Victor Ishy deu adeus às chances de medalha neste torneio. Ele foi derrotado na segunda rodada pelo alemão Dimitrij Ovtcharov por 4 a 1 (11/4, 11/8, 11/9, 13/11 e 11/3). Ovtcharov é o atual medalhista de bronze olímpico, e foi o algoz de Calderano na Olimpíada de Tóquio. Ishy ainda participará da disputa por equipes masculinas.

Canoagem slalom

Ana Sátila garantiu vaga na semifinal do C1 nos Jogos Olímpicos de Paris. A brasileira foi a 13ª colocada ao final da primeira descida e assegurou a vaga após não ser ultrapassada por três atletas na segunda tentativa.

A semifinal acontece na quarta-feira (31), às 10h30 (de Brasília). A final está marcada para o mesmo dia, às 12h25 (de Brasília).

A brasileira fez 109s96 em sua primeira descida, encaminhando a vaga. Ela foi a 14ª atleta a competir e cometeu apenas uma penalidade. Ao todo, 18 das 21 atletas avançam de fase.

Vela

Atuais bicampeãs olímpicas, Martine Grael e Kahena Kunze permaneceram no 15º lugar, nesta terça-feira (30), ao final do terceiro dia da vela na categoria skiff feminino nos Jogos Olímpicos de Paris.

As últimas três regatas acontecem nesta quarta-feira (31) e apenas as dez melhores equipes se classificam à regata da medalha.

A dupla brasileira terminou a primeira série desta terça na décima posição. Na segunda alcançaram a nona colocação, na terceira, o 14º lugar. Tais resultados deixaram as velejadoras na 15ª posição da tabela geral.

Basquete masculino

A seleção brasileira sofreu a segunda derrota no torneio de basquete masculino nos Jogos Olímpicos de Paris 2024. Após revés na estreia para a França, vice-campeã olímpica, o Brasil perdeu para a Alemanha, atual campeã mundial, por 86 a 73 em jogo do Grupo B, no Estádio Pierre Mauroy, nesta terça-feira (30).

Mesmo com os dois resultados negativos, a equipe ainda tem chance de classificação às quartas de final, já que passam de fase os dois primeiros colocados de cada um dos três grupos e os dois melhores terceiros colocados. O Brasil aposta nessas duas últimas vagas.

Uma vitória no último jogo da fase de grupos, contra a seleção japonesa, na próxima sexta-feira (2), às 6 horas (no horário de Brasília), será decisiva para as pretensões da equipe brasileira.

Ciclismo BMX

Primeiro brasileiro a representar o Brasil no ciclismo BMX “free style” em Jogos Olímpicos, o paulista Gustavo Batista de Oliveira, mais conhecido como “Bala Loka”, começou bem em Paris. Natural de Carapicuíba, cidade da região metropolitana de São Paulo, o atleta de 21 anos disputará a final da modalidade, que estreou na edição de Tóquio 2020, sem brasileiros.

Bala Loka cravou a oitava melhor pontuação (85.79) entre doze competidores. Apenas os nove melhores avançaram à decisão por medalhas, programada para ocorrer às 9h44 (horário de Brasília) de quarta-feira (31). O brasileiro será o segundo a se apresentar na final.

“Estou trabalhando muito, treinando para estar na final dos Jogos Olímpicos. Já tinha feito outras finais importantes de Mundial, de Copa do Mundo, mas Jogos Olímpicos é incrível. Está 35, 40 graus, muito calor. Sem querer andamos todo de preto, pega um pouco mais. Ainda mais com todos os equipamentos de proteção. Dá uma interferida, mas para ir para final a gente faz de tudo”, revelou Gustavo, em depoimento ao Comitê Olímpico do Brasil (COB).


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