A Organização dos Estados Americanos (OEA) afirmou, nesta terça-feira (30), não reconhecer o resultado da eleição anunciado pelo Conselho Nacional Eleitoral (CNE), que indica vitória do ditador Nicolás Maduro.
Em relatório produzido por observadores que acompanharam o pleito, realizado no último domingo (28), a OEA diz haver indícios de que o governo Maduro alterou o resultado.
Um dos principais indícios, de acordo com o relatório, foi a demora na divulgação dos resultados, apesar de o país utilizar urnas eletrônicas nas eleições. O texto afirma também ter havido relatos de “ilegalidades, vícios e más práticas”.
O documento concluiu que o CNE, comandado por um aliado do governo venezuelano, proclamou Maduro como vencedor sem apresentar os dados para comprovar o resultado e afirmou que os únicos números divulgados em canais oficiais revelam “erros aritméticos”.
“Mais de seis horas após o encerramento da votação, o CNE fez um anúncio […] declarando vencedor o candidato oficial, sem fornecer detalhes das tabelas processadas, sem publicar a ata e fornecendo apenas as porcentagens agregadas de votos que as principais forças políticas teriam recebido”, destaca o texto.
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O relatório da OEA também afirmou que o regime venezuelano aplicou “seu esquema repressivo” para “distorcer completamente o resultado eleitoral”.
“Ao longo de todo este processo eleitoral assistimos à aplicação por parte do regime venezuelano do seu esquema repressivo complementado por ações destinadas a distorcer completamente o resultado eleitoral, colocando esse resultado à disposição das mais aberrantes manipulações”.
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