Até o momento, pelo menos sete pessoas morreram na Venezuela desde o começo dos protestos contra a reeleição do presidente Nicolás Maduro. Ao mesmo tempo, manifestantes derrubaram estátuas do antigo líder Hugo Chávez, enquanto a representante da oposição, María Corina Machado, garantiu ter provas de fraude eleitoral e que o verdadeiro vencedor é Edmundo González Urrutia.
De acordo com o grupo Direitos Humanos Foro Penal, especializado em prisioneiros políticos, até agora 46 pessoas foram detidas em manifestações por todo o país. As sete mortes foram confirmadas por fontes independentes, segundo o jornal espanhol El Mundo informou nesta terça-feira (30).
As forças de segurança têm lançado gás lacrimogêneo e balas de borracha para dispersar as multidões em protesto. “Liberdade” e “este Governo vai cair” são algumas das frases repetidas pelos manifestantes.
Foram registrados protestos até em áreas pobres de Caracas que até agora apoiavam o governo socialista de Maduro. Em algumas regiões foram ouvidos disparos. “Vou lutar pela democracia do meu país. Roubaram-nos as eleições”, lamentou um manifestante. “Precisamos continuar lutando pela juventude”, disse outro.
Em uma transmissão ao vivo do Palácio Miraflores, sede do Executivo venezuelano, o ditador Nicolás Maduro afirmou que forças de segurança estavam agindo contra “manifestantes violentos”. Mesmo após a anunciada vitória nas urnas, Maduro está levando adiante a promessa de “banho de sangue” caso fosse derrotado. As Forças Armadas apoiam Maduro e, por enquanto, não há sinais de eventual rompimento com o regime.
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“Temos acompanhado todos os atos de violência promovidos pela extrema-direita. Posso dizer ao povo da Venezuela que estamos agindo”, declarou. “Já conhecemos este filme, por isso, mais uma vez, juntamente com a união civil, militar e policial, estamos agindo. Nós já sabemos como eles operam”, completou.
O Observatório Venezuelano de Conflitos informou ter registrado 187 protestos em 20 estados até às 18h de segunda-feira. “Foram reportados vários atos de repressão e violência por coletivos paramilitares e forças de segurança”, declarou a entidade.
Protestos devem continuar
Através da rede X, a oposicionista Maria Corina Machado, que foi impedida de concorrer ao pleito pela Justiça controlada pelo regime chavista, convocou mais protestos para esta terça-feira (30).
“Meus queridos venezuelanos, amanhã [terça] nos reuniremos como uma família, organizados, demonstrando a determinação que temos de fazer cada voto valer e defender a verdade”, escreveu.
Jorge Rodriguez, parlamentar do partido governista e gerente de campanha de Maduro, pediu aos seguidores do governo que participassem de marchas até o palácio presidencial em sinal de apoio ao governo. (Com agências internacionais)
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