Principal líder do grupo palestino Hamas, Ismail Haniyeh é assassinado em Teerã

 
O chefe do Hamas, Ismail Haniyeh, foi morto na capital iraniana, Teerã, informou o grupo palestino em comunicado divulgado nesta quarta-feira (31). A Guarda Revolucionária do Irã também confirmou, em comunicado, que o principal líder do Hamas e um de seus guarda-costas foram assassinados e que está investigando o caso.

“A residência de Ismail Haniyeh, chefe do escritório político da Resistência Islâmica do Hamas, foi atingida em Teerã, e como resultado deste incidente, ele e um de seus guarda-costas foram martirizados,” destaca comunicado da Guarda Revolucionária.

Os comunicados não informam detalhes sobre como o líder do Hamas foi morto e se alguém assumiu imediatamente a responsabilidade pelo assassinato.

O Hamas afirma, na nota, que Haniyeh foi morto “em um bombardeio sionista em sua residência em Teerã”. Ele estava no Irã para participar da cerimônia de posse do presidente Masoud Pezeshkian.

De acordo com o grupo palestino, Haniyeh foi morto “em um bombardeio sionista em sua residência em Teerã, após participar da posse do novo presidente do Irã”.

“É um ato covarde que não ficará impune”, informou a TV Al-Aqsa, controlada pelo Hamas, citando Moussa Abu Marzouk, alto funcionário do grupo.


 
Ao ser escolhido para liderar o grupo, Haniyeh vivia na Faixa de Gaza. Em 2020, passou a viver em Doha, no Qatar, porque o bloqueio imposto por Israel dificultava sua entrada e saída do enclave palestino.

O governo do premiê israelense, Benjamin Netanyahu, havia prometido matar o chefe do Hamas em resposta ao massacre cometido pelo grupo em território israelense no dia 7 de outubro de 2023, que deixou 1.200 mortos e 250 pessoas foram levadas como reféns, algumas das quais seguem em poder do Hamas.

Desde então, Israel ataca continuamente a Faixa de Gaza com o objetivo declarado de eliminar o Hamas, que controla o enclave. Contudo, muitos dos bombardeios israelenses atingiram áreas onde viviam civis. Autoridades de Gaza afirmam que mais de 35 mil pessoas foram mortas até o momento, incluindo crianças e pessoas ligadas a ONGs e entidades presentes no território, como a Organização das Nações Unidas (ONU).

Quando Haniyeh chegou ao poder, sete anos atrás, era visto como um político pragmático. Naquela época, o Hamas se esforçava para suavizar sua imagem, de acordo com reportagens publicadas na mídia internacional.

Em abril deste ano, um bombardeio de Israel na Faixa de Gaza matou três filhos e três netos de Haniyeh. Eles estavam em um carro atingido pelo ataque aéreo. Foi uma resposta aos ataques de outubro passado.

Por ocasião do ataque, Haniyeh disse: “O inimigo acredita que, ao atingir as famílias dos líderes, irá pressioná-los a desistir das exigências do nosso povo. Qualquer um que acredite que atacar os meus filhos irá pressionar o Hamas a mudar a sua posição está delirando”. (Com agências internacionais)


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