Após ataque, Israel ordena evacuação em Gaza; genocídio avança com a complacência internacional

 
Depois que um ataque aéreo atingiu uma escola e uma mesquita na Faixa de Gaza, matando mais de cem palestinos, o Exército israelense ordenou neste domingo (11) que a região localizada no sul do enclave seja evacuada antes de nova operação militar.

Residentes de um distrito da cidade de Khan Younis, que até então fazia parte de uma “zona humanitária” declarada por Israel, foram convocados a se retirar, por meio de mensagens de texto e áudio para os telefones dos moradores. O aviso também foi divulgado na rede social X (antigo Twitter).

Moradores tiveram de sair às pressas, no escuro e ao som de bombardeios ao redor, do bairro de al-Jalaa, ao norte da cidade, segundo relatam organizações que acompanham o conflito. A área não será mais considerada parte de uma zona humanitária devido a “atividade terrorista significativa” no local, segundo as Forças de Defesa de Israel (FDI).

A maior parte da população de Gaza, de 2,3 milhões de habitantes, vive em acomodações temporárias, deslocada pelos combates entre militares israelenses e militantes palestinos do grupo extremista Hamas, que reduziram o enclave a escombros.

Philippe Lazzarini, chefe da Agência da Organização das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados da Palestina (UNRWA), disse que as pessoas em Gaza estão presas e não têm para onde ir.

“Alguns só podem levar seus filhos, outros carregam toda a vida em uma pequena bolsa. Eles estão indo para lugares superlotados onde os abrigos já estão transbordando de famílias. Eles perderam tudo e precisam de tudo.”

“Estamos exaustos. Esta é a décima vez que eu e minha família tivemos que deixar nosso abrigo”, disse Zaki Mohammad, 28 anos, que vive em um projeto habitacional no oeste de Khan Younis que recebeu ordens de evacuação, segundo relato divulgado pela agência Reuters.

O Conselho Norueguês para Refugiados estimou recentemente que as ordens de evacuação emitidas por Israel nas últimas semanas reduziram a área total das “zonas humanitárias” em Gaza de 20% do enclave para pouco mais de 14%.


 
O que dizem os militares israelenses?

O Exército israelense disse ter atingido cerca de 30 alvos militares do Hamas nas últimas 24 horas, incluindo estruturas militares, postos de lançamento de mísseis antitanque e instalações de armazenamento de armas.

Cerca de 40 mil palestinos foram mortos na ofensiva israelense em Gaza desde o início da guerra, em outubro passado, segundo o Ministério da Saúde de Gaza, controlado pelo Hamas. Israel afirma ter perdido 329 soldados no conflito.

Israel iniciou seu ataque depois que terroristas do Hamas invadiram o sul do país em 7 de outubro, matando 1.200 pessoas, a maioria civis, e capturando mais de 250 reféns, de acordo com os registros israelenses.

As FDI disseram que os civis em al-Jalaa devem se mudar para uma zona humanitária a ser redesenhada.

Israel acusa regularmente o Hamas e outros militantes de usarem áreas civis para lançar ataques. O Hamas é considerado um grupo terrorista pelos EUA, UE, Israel e outros.

O genocídio cometido por Benjamin Netanyahu e seus sequazes, que conta a complacência criminosa da comunidade internacional, continua amparado na teoria esdrúxula da “terra prometida”. (Com agências internacionais)


Se você chegou até aqui é porque tem interesse em jornalismo profissional, responsável e independente. Assim é o jornalismo do UCHO.INFO, que nos últimos 20 anos teve participação importante em momentos decisivos do País. Não temos preferência política ou partidária, apenas um compromisso inviolável com a ética e a verdade dos fatos. Nossas análises políticas, que compõem as matérias jornalísticas, são balizadas e certeiras. Isso é fruto da experiência de décadas do nosso editor em jornalismo político e investigativo. Além disso, nosso time de articulistas é de primeiríssima qualidade. Para seguir adiante e continuar defendendo a democracia, os direitos do cidadão e ajudando o Brasil a mudar, o UCHO.INFO precisa da sua contribuição mensal. Desse modo conseguiremos manter a independência e melhorar cada vez mais a qualidade de um jornalismo que conquistou a confiança e o respeito de muitos. Clique e contribua agora através do PayPal. É rápido e seguro! Nós, do UCHO.INFO, agradecemos por seu apoio.