Em meio a temores de um possível ataque iraniano a Israel, as potências ocidentais lançaram, nesta segunda-feira (12), uma série de alertas para que Teerã se abstenha de agir militarmente contra o território israelense, como forma de evitar o agravamento das tensões no Oriente Médio
O Irã e o Hezbollah prometeram vingança após os ataques atribuídos a Israel que mataram o líder político do grupo islamista palestino Hamas, Ismail Haniyeh, na capital iraniana, e um comandante da organização xiita libanesa em Beirute.
Haniyeh estava em Teerã para a posse do novo presidente iraniano quando foi morto no ataque que o governo iraniano atribui a Israel. Um dia antes, um ataque em Beirute matou o líder do Hezbollah, Fuad Shukr.
Nesta segunda-feira, os esforços internacionais para impedir o possível ataque iraniano a Israel se intensificaram. O presidente americano, Joe Biden, e os líderes da Alemanha, França, Itália e Reino Unido emitiram um comunicado conjunto advertindo o governo iraniano.
“Apelamos ao Irã para que retroceda de suas ameaças recorrentes de um ataque militar contra Israel e discutimos as graves consequências para a segurança regional, caso tal ataque venha a ocorrer”, disseram os líderes ocidentais nesta segunda-feira.
Washington alertou que um “conjunto significativo de ataques” dos iranianos e seus aliados poderia acontecer já nesta semana, e que Tel Aviv compartilha dessa mesma avaliação. Os Estados Unidos enviaram um submarino com capacidade de lançar mísseis e um porta-aviões para a região, em uma forte demonstração de apoio a seu tradicional aliado.
Ao mesmo tempo, enquanto prosseguem os esforços diplomáticos, o chanceler federal da Alemanha, Olaf Scholz, e o primeiro-ministro britânico, Keir Starmer, conversaram por telefone com o presidente iraniano, Masoud Pezeshkian, e pediram que seu país evite agravar a situação. Pezeshkian, porém, disse que o Irã tem o “direito de responder aos agressores”.
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Pressão por cessar-fogo
Os EUA e seus aliados europeus intensificaram os pedidos de um cessar-fogo na Faixa de Gaza, em meio ao conflito que desencadeou as atuais tensões no Oriente Médio.
A guerra no território palestino teve início após os ataques terroristas do Hamas em solo israelense, em 7 de outubro do ano passado, que deixaram cerca de 1.200 mortos. Na ação, os islamistas sequestraram 251 pessoas, das quais 111 ainda estão sendo mantidas reféns em Gaza, além de outras 39 que foram declaradas mortas.
A ofensiva israelense no território palestino já deixou mais de 39 mil mortos, segundo o Ministério da Saúde de Gaza, administrado pelo Hamas.
Os países europeus apoiaram um pedido de Biden e dos líderes do Catar e do Egito pela retomada das negociações entre Israel e o Hamas e pela ampliação do acesso da ajuda humanitária à Faixa de Gaza.
A pressão internacional por um cessar-fogo em Gaza aumentou após a denúncia de que um ataque israelense ao território palestino teria deixado 93 mortos em uma escola utilizada como abrigo para pessoas desabrigadas. Israel justificou a ação dizendo que o alvo do ataque seriam militantes islamistas que se encontravam no local.
O porta-voz do Exército israelense, Daniel Hagari, afirmou que seu país está “pronto para frustrar qualquer ameaça em tempo real”. O ministro israelense da Defesa, Yoav Gallant, assegurou que Israel reforçou sua autodefesa e organizou “opções ofensivas” caso as “ameaças de Teerã e Beirute se materializem”. (Com agências internacionais)
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