A qualidade do ar na cidade de São Paulo jamais esteve tão ruim, segundo dados da Companhia Estadual de Meio Ambiente de São Paulo (Cetesb). Os paulistanos começaram a semana debaixo de intensa poluição, quadro que dificulta a respiração.
Das 22 estações de medição localizadas na região metropolitana, nove indicam situação “muito ruim” (Carapicuíba, Parque Dom Pedro II, Pinheiros, Osasco, Marginal Tietê, Perus, Santana, Itaim Paulista e Nossa Senhora do Ó.), onze marcam “ruim” (Cerqueira César, Congonhas, Grajaú, Duas Pimentas, Paço Municipal, Ibirapuera, Interlagos, Mauá, Pico do Jaraguá, São Bernardo do Campo – Centro e Santo Amaro) e apenas duas “moderada” (Diadema e Santo André-Capuava).
Nenhuma estação da região metropolitana registrou situação “péssima”. Contudo, a Cetesb ressalta que a situação é a pior em 43 anos de medição automática da qualidade do ar na região metropolitana.
De acordo com o site IQAir, organização não governamental parceira da Organização das Nações Unidas que mede a qualidade do ar em todo o planeta, na manhã desta segunda-feira (9), São Paulo era a pior cidade em termos de qualidade do ar. À tarde, a capital paulista aparece como a segunda pior, conforme a plataforma, baseada na Alemanha.
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Esse cenário, extremamente preocupante, decorre de uma combinação de fatores. Um dos fatores são as queimadas em todo o País, cuja fumaça está sendo carregada para o Sudeste, comprometendo sobremaneira a qualidade do ar. Outro problema está relacionado às condições meteorológicas, que, somadas à poluição, desfavorecem a dispersão da fumaça. A falta de chuva é outro fator preponderante.
Segundo o IQAir, na manhã desta segunda-feira, São Paulo era a cidade com a pior qualidade de ar do mundo, seguida de Lahore, no Paquistão, e Kinshasa, na República Democrática do Congo. Na parte da tarde, a situação se inverteu; Lahore era a mais poluída, seguida da capital paulista.
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