O Pentágono confirmou no domingo (13) que os Estados Unidos enviarão a Israel um sistema avançado antimísseis e uma equipe de militares para operá-lo.
O presidente dos EUA, Joe Biden, disse que o objetivo do envio do chamado Terminal de Defesa Aérea de Altitude Elevada (THAAD) é “defender Israel”, após o país se tornar alvo de ataques de mísseis do Irã. O secretário de Defesa dos EUA, Lloyd Austin, autorizou o envio do sistema antimísseis sob a orientação de Biden.
A entrega do THAAD deve inflamar ainda mais o conflito no Oriente Médio, apesar dos esforços diplomáticos para evitar uma guerra generalizada na região.
O Irã alertou os EUA para deixarem suas forças fora de Israel. Em postagem neste domingo na rede social X, o ministro do Exterior, Abbas Araghchi, disse que havia analisado relatos anteriores de que os EUA cogitavam o envio do sistema.
Araghchi advertiu que os Estados Unidos estavam colocando as vidas de seus soldados “em risco, ao enviá-los para operar sistemas de mísseis dos EUA em Israel”. “Embora tenhamos feito esforços tremendos nos últimos dias para conter uma guerra total em nossa região, digo claramente que não temos linhas vermelhas na defesa de nosso povo e nossos interesses”, escreveu o ministro.
O porta-voz do Pentágono, Pat Ryder, disse que o THAAD deve reforçar o sistema integrado de defesa aérea de Israel e que o envio “é parte dos ajustes mais amplos que os militares dos EUA fizeram nos últimos meses, para apoiar a defesa de Israel e proteger os americanos de ataques do Irã e de milícias aliadas”.
Presença americana em Israel
Em 1º de outubro, o Irã lançou um ataque de mísseis e drones contra Israel em retaliação à morte de Hassan Nasrallah, líder do Hezbollah, e de outros membros da organização apoiada por Teerã. Israel alega que maioria dos mais de 180 projéteis iranianos foi interceptada pelo sistema de defesa antiaérea do país, mas alguns mísseis conseguiram atravessar.
Por outro lado, o discurso de Teerã vai no caminho contrário, afirmando que mísseis atingiram bases militares israelenses. Esse cenário defendido pelo Irã pode explicar a intensificação dos ataques ao Hezbollah, um dos braços iranianos no chamado “eixo da resistência”.
Não é incomum que os EUA mantenham contingente militar em Israel, seu maior aliado no Oriente Médio, que costuma receber número reduzido de tropas americanas para a realização de treinamentos de rotina e exercícios militares.
De acordo com documentos do Congresso norte-americano, os EUA possuem sete sistemas THAAD. Cada unidade consiste em seis caminhões equipados com lançadores, 48 interceptadores de mísseis e equipamentos de radar, além de 95 soldados para operar o sistema. O THAAD é capaz de defender uma ampla região e atingir alvos a distância de entre 150 e 200 quilômetros.
Drones do Hezbollah matam soldados em Israel
O Exército israelense informou que um ataque de drones realizado no domingo contra uma base na cidade de Binyamina, na região central de Israel, matou quatro soldados e deixou outros sete em estado grave. Relatos iniciais indicavam ao menos 67 feridos. O Hezbollah assumiu a autoria do ataque, um dos mais graves a atingir o território israelenses desde o agravamento das tensões na região, há um ano.
É raro um ataque desse tipo atingir um número tão alto de vítimas em Israel, em razão do avançado sistema de defesa antiaérea do país. Segundo a imprensa israelense, dois drones foram lançados a partir do Líbano, sendo que apenas um deles foi abatido.
Em comunicado, o Hezbollah disse que o ataque de drones, que tinha como alvo um campo de treinamento israelense, ocorreu em retaliação a dois bombardeios de Israel em Beirute que mataram 22 pessoas.
Ao menos 2.225 pessoas morreram no Líbano desde o início do conflito entre o grupo xiita e Israel, sendo que, desde setembro, foram mais de 1.400 mortes, de acordo com o Ministério libanês da Saúde. Do lado israelense, ao menos 54 pessoas morreram, quase a metade de soldados. (Com agências internacionais)
Se você chegou até aqui é porque tem interesse em jornalismo profissional, responsável e independente. Assim é o jornalismo do UCHO.INFO, que nos últimos 20 anos teve participação importante em momentos decisivos do País. Não temos preferência política ou partidária, apenas um compromisso inviolável com a ética e a verdade dos fatos. Nossas análises políticas, que compõem as matérias jornalísticas, são balizadas e certeiras. Isso é fruto da experiência de décadas do nosso editor em jornalismo político e investigativo. Além disso, nosso time de articulistas é de primeiríssima qualidade. Para seguir adiante e continuar defendendo a democracia, os direitos do cidadão e ajudando o Brasil a mudar, o UCHO.INFO precisa da sua contribuição mensal. Desse modo conseguiremos manter a independência e melhorar cada vez mais a qualidade de um jornalismo que conquistou a confiança e o respeito de muitos. Clique e contribua agora através do PayPal. É rápido e seguro! Nós, do UCHO.INFO, agradecemos por seu apoio.