Com discurso radical e populista, Donald Trump toma posse como presidente dos Estados Unidos

O republicano Donald Trump tomou posse nesta segunda-feira (20) como o 47º presidente dos Estados Unidos. Ele retorna à Casa Branca após superar pedidos de impeachment, uma condenação criminal e uma tentativa de assassinato, assumindo o comando do país em momento de domínio de seu partido no Congresso e sob a promessa de remodelar as instituições do país.

O evento conta com a presença de figuras da tecnologia, como Jeff Bezos, da Amazon, e Elon Musk, dono da rede social X. Entre os chefes de Estado, participam o presidente da Argentina, Javier Milei; de El Salvador, Nayib Bukele; e a primeira-ministra italiana, Giorgia Meloni. O ex-presidente brasileiro Jair Bolsonaro não foi autorizado a participar da posse por estar com seu passaporte retido pela Justiça em razão da tentativa de golpe de Estado e outros crimes.

Em seu primeiro dia de governo, Trump anunciou pacote de medidas contra a imigração ilegal e prometeu dar início a uma nova “era de ouro” no país.

Discurso em tom de campanha

Trump encerrou seu discurso em tom de campanha, retomando a promessa de colocar o país em uma “era de ouro”. “Nos últimos anos, nossa nação sofreu muito, mas vamos trazê-la de volta e torná-la grande novamente, maior do que nunca. Seremos uma nação como nenhuma outra, cheia de compaixão, coragem e excepcionalismo”, afirmou.

O republicano prometeu também “acabar com todas as guerras” e “ trazer um novo espírito de unidade a um mundo que tem sido raivoso, violento e totalmente imprevisível. A América será respeitada e admirada novamente”, prosseguiu. “Seremos prósperos, seremos orgulhosos, seremos fortes e venceremos como nunca antes.”

“Sonharemos ousadamente e nada ficará em nosso caminho porque somos americanos, o futuro é nosso e nossa era de ouro apenas começou”, concluiu.

“Tomar de volta” o Canal do Panamá

O novo presidente dos EUA reiterou a promessa de reimpor o controle americano sobre o Canal do Panamá, acusando o país da América Central de administrar mal a rota comercial. “Estamos tomando de volta”, prometeu.

Ele primeiro prometeu mudar o nome da montanha Denali, no Alasca, de volta para Monte McKinley, em homenagem ao ex-presidente William McKinley, antes de entrar na questão do Canal do Panamá:

“O presidente McKinley tornou nosso país muito rico por meio de tarifas e talento. Ele era um empresário nato e deu a Teddy Roosevelt o dinheiro para muitas das grandes coisas que ele fez, incluindo o Canal do Panamá, que foi tolamente dado ao país do Panamá depois que os Estados Unidos […] gastaram mais dinheiro do que nunca em um projeto antes e perderam 38.000 vidas na construção do Canal do Panamá.”

“Fomos muito maltratados por esse presente tolo que nunca deveria ter sido dado, e a promessa do Panamá para nós foi quebrada. O propósito do nosso acordo e o espírito do nosso tratado foram totalmente violados. Os navios americanos estão sendo severamente sobrecarregados e não são tratados de forma justa de maneira alguma […] e isso inclui a Marinha dos Estados Unidos e, acima de tudo, a China está operando o Canal do Panamá, e não o demos à China. Nós o demos ao Panamá e o estamos tomando de volta.”

Ele também confirmou a intenção de mudar o nome do Golfo do México para “Golfo da América”.

Políticas anti-imigração

Donald Trump declarou que assinará uma série de ordens executivas que imporão rigorosas políticas anti-imigração em todo o país.

“Assinarei uma série de ordens executivas históricas. Com essas ações, começaremos a restauração completa da América e a revolução do bom senso”, afirmou.

“Primeiro, declararei uma emergência nacional em nossa fronteira sul. Todas as entradas ilegais serão imediatamente interrompidas e começaremos o processo de retorno de milhões e milhões de estrangeiros criminosos aos lugares de onde vieram.”

Trump prometeu enviar tropas para a fronteira como México para “repelir a desastrosa invasão de nosso país”.

Ele disse que irá “invocar a Lei dos Inimigos Estrangeiros de 1798” para que o governo possa “usar o pleno e imenso poder da aplicação da lei federal e estatal para eliminar a presença de todas as gangues estrangeiras e redes criminosas que trazem crimes devastadores para o território dos EUA, incluindo as nossas cidades e centros urbanos.” (C0m Deutsche Welle)

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