(*) Gisele Leite
O regresso do bilionário de ultradireita à Presidência do país mais rico no mundo, mesmo depois de tantos escândalos no período de 2016 a 2020. Um marco é relevante Trump é o primeiro Presidente na história dos EUA que foi reeleito mesmo depois de ser condenado pela justiça norte-americana, por ter comprado o silêncio da ex-atriz pornô Stormy Daniels antes das eleições de 2016.
A vitória da ultradireita – embalada com discurso racista, misógino e xenófobo – levou a muitos ataques proferidos contra os imigrantes, a quem Trump acusa de “envenenar o sangue do país”.
Sua proposta é promover a maior deportação em massa do mundo e enfocar no plano econômico promovendo corte de impostos e majoração de tarifas de produtos importados, principalmente os da China.
Mesmo na área ambiental, Trump francamente apoia a ilimitada produção de combustíveis fósseis e, ao revés, de promover apoio a transição energética.
A agenda autoritária de Donald Trump enfatiza que os funcionários bem como outros membros da equipe deverão alinhar seus pontos de vista com os do Presidente, com forte consequência com quem não fizer isso, o que poderá acarretar demissão ou reatribuição.
Em termos de política externa, seu plano inclui majorar a agressão econômica e geopolítica contra a China e ainda impor novas restrições ao comércio internacional, bem como ameaçar Irã, Coreia do norte, Venezuela e México.
Sim, Trump deverá estimular a extrema-direita na América Latina bem como a afastar de China e Venezuela. Infelizmente, a vitória de Trump é significativa para o bolsonarismo no pais e, poderá ter impacto nas eleições vindouras em 2026.
Embora o governo de Joe Biden tenha bons números para apresentar, especialmente na redução do desemprego e no aumento da renda, as pessoas não sentem essa melhora. Em parte, por conta da inflação.
Assim, a vitória de Trump consolida a extrema-direita como um projeto de futuro, legitimando-a como alternativa política para nossos países.
No Brasil, a revalorização da individualidade e o fortalecimento da responsabilidade fiscal, inspirados por este momento político, podem ajudar a fomentar uma sociedade mais justa e inclusiva.
Afinal, em tempos de instabilidade financeira global, refletida nas flutuações do dólar e nas incertezas quanto aos juros, torna-se imprescindível que o Brasil adote medidas que contemplem a racionalização de gastos e a contenção da expansão desenfreada das despesas públicas.
Apenas o medo de que Trump possa destruir a democracia não é suficiente. Nem mesmo a extrema-direita vence uma eleição baseada apenas no medo. Nos países de incipiente democracia, como os da América Latina, talvez rememoremos novas ditaduras e novos totalitarismos, o que poderá acarretar um grave retrocesso histórico.
Pautas como o combate à fome, à miséria, às desigualdades sociais, a ampliação do acesso à saúde, à educação e a plena cidadania são capazes de promover mobilização política e ideológica, onde a vitória dos valores primordiais são cruciais para a sobrevivência e evolução da sociedade brasileira.
(*) Gisele Leite – Mestre e Doutora em Direito, é professora universitária.
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