O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, tem destilado doses parvoíce ao adotar medidas absurdas, promessas de campanha que contrariam a tão propalada democracia norte-americana. Um dos recentes desvarios de Trump foi sobretaxar importações de produtos do Canadá, México e China.
Claudia Sheinbaum, presidente do México, não perdeu tempo e retaliou o homologo americano com taxa de importação de 25% de produtos fabricados nos EUA. Após a repercussão das medidas, Sheinbaum e Trump chagaram a um acordo para pausar durante um mês a taxação, desde que o México intensifique o combate ao tráfico de fentanil para o território americano. Fentanil é um opioide utilizado como medicação para a dor e pode ser ministrado juntamente com outros medicamentos para anestesia. Por outro lado, os EUA se comprometem a combater o tráfico de armas de fogo de grande potência para o território mexicano.
Qualquer operação para combater ambos os crimes não surte efeito em quatro semanas. Em suma, ou esse acordo é mais um embuste oficial, ou servirá para Donald Trump não sair apequenado desse patético episódio. Descartada as duas hipóteses, dentro de um mês a taxação voltará a valer.
Justin Trudeau, que recentemente renunciou ao cargo de primeiro-ministro do Canadá, mas ainda permanece no posto, tomou decisão semelhante à presidente do México e sobretaxou produtos americanos. De igual modo, Trudeau e Trump chegaram a um acordo idêntico, suspendendo a taxação por trinta dias. Como contrapartida, o Canadá assume o compromisso de reforçar combater o tráfico de fentanil para os EUA.
É importante ressaltar que nenhuma atividade criminosa, local ou internacional, prospera sem a anuência de autoridades. Nos Estados Unidos, por exemplo, é proibida a importação de produtos cubanos, especialmente os festejados charutos. No estado da Florida, principalmente, charutos cubanos são vendidos por policiais, que apreendem os produtos que chegam ilegalmente aos EUA.
Essa pífia queda de braços inaugurada por Donald Trump é um atentado ao bom-senso, pois atropela o USMCA – acordo de livre comércio entre Estados Unidos, México e Canadá –, que em 2020 substituiu o NAFTA (North American Free Tax Agreement).
Não obstante, para colocar mais combustível na geopolítica, Donald Trump continua alimentando a absurda ideia de anexar o Canadá, como se isso fosse possível.
Enquanto Trump faz suas estripulias no picadeiro da política norte-americana, uma questão não pode ficar resposta. Caso o enfrentamento entre os três países avance após o exíguo período de trégua, alguém precisa explicar como será a Copa da FIFA de 2026. Se ninguém tem a resposta, o presidente da FIFA, Gianni Infantino, precisa se movimentar com rapidez.
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