(*) Gisele Leite
O convulsionado cenário internacional está assistindo a uma nova Guerra Fria, com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, à frente. A Organização das Nações Unidas (ONU), atualmente com mais de setenta e cinco anos de existência, assiste à instabilidade política e ideológica, principalmente em face da política externa do atual Presidente dos EUA que já manifestou seu crasso desprezo às convenções internacionais multilaterais como o Acordo de Paris e até mesmo o acordo com o Irã. Além de ter saído da OMS (Organização Mundial da Saúde).
Enquanto isso, verifica-se que a China se posicionou claramente como sendo o novo apoiador das Nações Unidas. Apesar de que Trump forçou o Panamá fechar o Canal para a Rota da Seda. A tensão que se disseminou sobre a rivalidade entre os EUA e China afeta o mundo todo.
O atual presidente francês, Emmanuel Macron, nem disfarçou o tom de urgência ao dizer que o mundo atual não poderá ser refém da rivalidade entre chineses e norte-americanos. O que fez Trump elevar o tom da retórica, ao alardear a crítica contra o “vírus da China”. Fez um esforço enorme ao mencionar que a pandemia foi uma exportação de vírus da China.
As duas maiores economias do mundo traçam uma divisão tecnológica e econômica e corremos o risco de haja uma ruptura geoestratégica e militar. Foi que o advertiu o atual secretário-geral da ONU, Antonio Guterres que está preocupado com essa nova guerra fria.
Já adiantou Xi Jinping que a China não tem intenção de travar uma guerra fria com nenhum país, mas Trump só faz intensificar as tensões e promover o caos. Mesmo assim, depois de Guterres afirmar que a solidariedade é do interesse de todos para o futuro, Trump declarou que todos os líderes mundiais deveriam seguir o seu exemplo e colocar seus países em primeiro lugar.
O mundo vivencia uma nova guerra fria que poderá trazer consequências alarmantes.
(*) Gisele Leite – Mestre e Doutora em Direito, é professora universitária.
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