Um consórcio liderado Elon Musk ofereceu US$ 97,4 bilhões (R$ 536 bilhões) para adquirir a organização sem fins lucrativos que controla a startup de inteligência artificial (IA) OpenAI, informou o The Wall Street Journal, nesta segunda-feira (10).
A oferta surge meses após o bilionário processar a criadora do ChatGPT para tentar impedir a migração da startup para uma empresa com fins lucrativos.
A resposta do CEO da OpenAI, Sam Altman, surgiu rapidamente em postagem no X, o antigo Twitter – a rede social de propriedade de Musk –, na qual ele diz ironicamente “não, obrigado, mas compraremos o Twitter por US$ 9,74 bilhões se você quiser.”
O caso deve aumentar as tensões com entre Musk e Altman em torno do futuro da startup em pleno auge do setor de tecnologia de IA generativa.
Os dois empreendedores estão envolvidos em um processo ainda em andamento, no qual Musk questiona o projeto Stargate de US$ 500 bilhões liderado pela OpenAI, anunciado com grande alarde na Casa Branca logo após o presidente Donald Trump retornar ao cargo. Musk alega que os investidores relacionados não tinham condições de financiar o projeto.
“É hora de a OpenAI voltar a ser a força focada em segurança e código aberto para o bem que já foi” disse Musk em comunicado à imprensa. “Vamos garantir que isso aconteça.”
A oferta do consórcio é apoiada pela empresa de IA de Musk, xAI, que após um acordo poderia se fundir com a OpenAI.
Rivalidade entre ex-parceiros
Mesmo não levando em conta as implicações antitruste, um acordo dessas dimensões exigiria que Musk e seu consórcio levantassem uma enorme soma de dinheiro. A OpenAI foi avaliada em US$ 157 bilhões em outubro de 2024, o que consolidou seu status como uma das empresas privadas mais valiosas do planeta.
Musk foi cofundador da OpenAI com Altman, em 2015, mas deixou a empresa antes de sua decolagem. Em 2023, ele fundou a startup concorrente xAI.
A OpenAI tenta atualmente fazer a transição de uma entidade sem fins lucrativos para uma com fins lucrativos, o que ela diz ser essencial para garantir o capital necessário para desenvolver os melhores modelos de inteligência artificial.
No processo contra a OpenAI e Altman, o descontrolado Elon Musk alega que os fundadores originalmente o abordaram para financiar uma organização sem fins lucrativos focada no desenvolvimento de IA em benefício da humanidade, mas que agora estava mirando lucro.
Musk atualmente lidera o Departamento de Eficiência Governamental (Doge, na sigla em inglês) do governo americano, que em menos de um mês de existência já acumula diversas polêmicas em sua cruzada para reformular os sistemas burocráticos federais.
Entre as decisões mais controversas da nova autarquia americana estão a de suspender os trabalhos da Agência dos EUA para o Desenvolvimento Internacional (Usaid) e o corte de financiamentos para projetos sociais. (Com agências internacionais)
Drogas ilícitas
O mesmo The Wall Street Journal noticiou, em fevereiro de 2024, que Elon Musk tem consumido drogas como cocaína, ecstasy, LSD e cogumelos mágicos. O dono da rede social X teria usado cetamina, medicamento obtido mediante receita médica, para fins recreativos durante visita ao Austin Proper Hotel nos últimos anos, segundo o jornal.
Em matéria publicada no dia 3 de março passado, o jornal afirmou que é nítida a preocupação entre os membros dos conselhos da Tesla e da SpaceX em relação ao consumo de drogas por Musk, mas que não foram tomadas medidas públicas ou iniciada investigação sobre o assunto. Enfim, resta concluir mais uma vez que coerência não tem espaço na política brasileira. (Com agências internacionais)
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