Dando sequência ao circo de horrores, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, insiste na irresponsável política do mais forte, postura que leva à escalada da instabilidade no campo das relações internacionais. Além disso, as primeiras decisões do republicano representam um atentado à democracia americana.
A mais nova medida do presidente estadunidense é um conjunto de sanções impostas a Karim Khan, procurador do Tribunal Penal Internacional, acusado de se envolver em “ações ilegítimas contra os EUA e nosso aliado Israel”. Britânico, o procurador do também é acusado de abuso de poder ao pedir a prisão do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, por crimes de guerra.
Conforme sanção anunciada pelo Tesouro americano, qualquer ativo, contas bancárias ou propriedades que o procurador tiver nos EUA serão confiscados. As autoridades não revelam detalhes. Anúncios dessa natureza só ocorrem quando existe algo passível de confisco.
Bancos foram alertados para impedir a abertura de novas contas em nome do sancionado e não fazer qualquer tipo de empréstimos. Companhias americanas que eventualmente façam alguma transação dom Karim Khan estão sujeitas a sanções.
Em 6 de fevereiro, Trump assinou decreto impondo sanções ao TPI, sediado em Haia, que indiciou o primeiro-ministro de Israel por crimes de guerra e crimes contra a humanidade. A decisão ocorreu dois dias após Trump anunciar que negocia a retirada de palestinos da Faixa de Gaza e reunir-se com Netanyahu na Casa Branca.
Em seu primeiro mandato, Donald Trump alegou que o TPI não tem “jurisdição, legitimidade ou autoridade” em território americano, além de destacar que os EUA e Israel não são signatários do Estatuto de Roma. como destacou que. Ele também destacou que nem o seu país, nem Israel, são partes do chamado Estatuto de Roma, que estabeleceu o tribunal.
Absurda, a decisão do presidente americano vai além. “O TPI foi projetado para ser um tribunal de última instância. Tanto os Estados Unidos quanto Israel mantêm sistemas judiciários robustos e nunca deveriam estar sujeitos à jurisdição do TPI”, declarou Trump.
Donald Trump tem recorrido a um cipoal de desvarios para, criando factoides midiáticos, manter-se em evidência, cenário que desvia a atenção dos americanos, cada vez mais preocupados com o aumento da inflação no país.
Ignorar o genocídio cometido contra a população da Faixa de Gaza é uma clara demonstração de que o Oriente Médio assistirá à escalada das tensões na região.
Trump usa outras nações para saciar seus interesses geopolíticos, estratégia extremamente perigosa em termos globais. O incondicional apoio a Netanyahu é uma maneira transversa de provocar o governo do Irã, com quem Israel tem péssimas relações.
Líderes internacionais, especialmente dos países árabes, já se posicionaram contra o plano de Trump de promover uma limpeza étnica na Faixa de Gaza, onde o republicano pretende instalar um polo turístico.
Se você chegou até aqui é porque tem interesse em jornalismo profissional, responsável e independente. Assim é o jornalismo do UCHO.INFO, que nos últimos 20 anos teve participação importante em momentos decisivos do País. Não temos preferência política ou partidária, apenas um compromisso inviolável com a ética e a verdade dos fatos. Nossas análises políticas, que compõem as matérias jornalísticas, são balizadas e certeiras. Isso é fruto da experiência de décadas do nosso editor em jornalismo político e investigativo. Além disso, nosso time de articulistas é de primeiríssima qualidade. Para seguir adiante e continuar defendendo a democracia, os direitos do cidadão e ajudando o Brasil a mudar, o UCHO.INFO precisa da sua contribuição mensal. Desse modo conseguiremos manter a independência e melhorar cada vez mais a qualidade de um jornalismo que conquistou a confiança e o respeito de muitos. Clique e contribua agora através do PayPal. É rápido e seguro! Nós, do UCHO.INFO, agradecemos por seu apoio.