Enquanto Bolsonaro trabalha por anistia aos golpistas, Tarcísio deseja disputar a Presidência

O Brasil é sui generis quando o assunto é política. Apesar dos muitos absurdos no campo da política, o brasileiro prefere não se preocupar com o tema.

Mesmo negando, Jair Bolsonaro liderou uma tentativa de golpe de Estado, que fracassou por conta da firme atuação do Supremo Tribunal Federal (STF), gostem ou não os golpistas de plantão.

Prestes a ser denunciado pela Procuradoria Geral da República (PGR) no âmbito do plano de golpe, Bolsonaro continua liderando partidos de oposição, a começar pelo PL, legenda à qual está filiado.

Nesta terça-feira (18), Bolsonaro participou de almoço com senadores oposicionistas, ocasião em que foi discutido o projeto de anistia aos que participaram do fatídico 8 de janeiro. Se o próprio Bolsonaro garante não ter se envolvido na elaboração do plano, sua preocupação deve ser considerada confissão de culpa.

No contraponto, já de olho na próxima corrida presidencial, o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, tem afirmado a aliados que aceita concorrer ao Palácio do Planalto em 2026, caso esse seja o desejo de Bolsonaro, que está inelegível até 2030.

Beira o incompreensível o fato de uma parcela da população apostar em um candidato à Presidência indicado por alguém que planejou um golpe de Estado, tendo fugido para os Estados Unidos antes do final do mandato para não ser preso.

É necessário reconhecer que o País não suporta mais a polarização entre Lula e Bolsonaro, mas candidato apadrinhado por golpista é um açoite à democracia.

Além disso, a eventual candidatura de Tarcísio de Freitas ao Palácio do Planalto fará com que a radicalização política avance no principal estado da federação, começando pela truculenta polícia paulista, considerada uma das mais letais do planeta.

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