Lula é descortês com a ministra da Saúde, que soube de sua demissão pela imprensa

Errar é humano! Assim prega a sabedoria popular. Errar é uma oportunidade de não apenas rever os próprios atos, mas de melhorar, evoluir.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva, ao que parece, não aprendeu com erros passados. À frente de um governo aquém das expectativas, algo que surpreende aqueles que conhecem sua habilidade política, Lula está prestes a promover a esperada reforma ministerial. Assessores importantes serão dispensados para aplacar a volúpia de aliados ideológicos e de integrantes do malfadado Centrão.

Em matéria publicada na edição de 20 de fevereiro, afirmamos que Lula cometerá enorme erro ao dispensar a ministra da Saúde, Nísia Trindade, que, de acordo com informações, será substituída por Alexandre Padilha, que atualmente ocupa o cargo de ministro de Relações Institucionais.

Sempre elogiada publicamente pelo presidente da República, Nísia não recebeu até o momento um telefonema de Lula ou de qualquer assessor palaciano para tratar do assunto. A ministra soube pela imprensa que será dispensada.

Matéria relacionada
. Lula ensaia reforma ministerial, mas dá sinais de que pode repetir erros desnecessários

“Tem ministros que não são trocáveis. Tem pessoas e tem funções que são uma coisa da escolha pessoal do presidente da República. Eu já disse publicamente: a Nísia não é ministra do Brasil, ela é minha ministra”, afirmou Lula, em julho de 2023.

No último sábado (22), Nísia esteve com Lula e vários ministros do governo, no Rio de Janeiro, durante evento pelos 45 anos de fundação do Partido dos Trabalhadores. Ela ficou próxima de Padilha, mas ninguém tratou do assunto com a ainda titular da Saúde.

Quando afirmamos que é impossível se entusiasmar com um governo que tem à frente da Casa Civil alguém como Rui Costa, ex-governador da Bahia. Cabe ao chefe da Casa Civil, caso Lula decida não tratar do assunto, conversar com Nísia a respeito do tema.

A falta de cortesia e lhaneza por parte de Lula em relação a ministros não é novidade. Cristovam Buarque, então ministro da Educação, foi demitido por telefone, em 23 de janeiro de 2004. Cristovam estava de férias em Portugal e na noite daquele fatídico dia se juntaria à comitiva de Lula, que à época seguiu em viagem oficial à Índia.

Se você chegou até aqui é porque tem interesse em jornalismo profissional, responsável e independente. Assim é o jornalismo do UCHO.INFO, que nos últimos 20 anos teve participação importante em momentos decisivos do País. Não temos preferência política ou partidária, apenas um compromisso inviolável com a ética e a verdade dos fatos. Nossas análises políticas, que compõem as matérias jornalísticas, são balizadas e certeiras. Isso é fruto da experiência de décadas do nosso editor em jornalismo político e investigativo. Além disso, nosso time de articulistas é de primeiríssima qualidade. Para seguir adiante e continuar defendendo a democracia, os direitos do cidadão e ajudando o Brasil a mudar, o UCHO.INFO precisa da sua contribuição mensal. Desse modo conseguiremos manter a independência e melhorar cada vez mais a qualidade de um jornalismo que conquistou a confiança e o respeito de muitos. Clique e contribua agora através do PayPal. É rápido e seguro! Nós, do UCHO.INFO, agradecemos por seu apoio.