“Dudu Bananinha”, Trump e apoiadores perdem tempo tentando intimidar Alexandre de Moraes

Principal responsável pela fracassada tentativa de golpe de Estado, Jair Bolsonaro usou sua insana e chula verborragia ao reagir à denúncia apresentada ao Supremo Tribunal Federal (STF) pela Procuradoria-Geral da República. “Caguei para a prisão”, disse o golpista, que dias depois admitiu o exagero da própria declaração, talvez orientado por seus advogados.

Caso estivesse despreocupado em relação à possibilidade de ser condenado e preso no âmbito do inquérito que apura os atos golpistas, Bolsonaro não estaria se valendo de rapapés extremistas.

Filho “03” do ex-presidente, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) viajou aos Estados Unidos para, distorcendo a verdade dos fatos, atentar contra a democracia brasileira e o Estado de Direito, apenas porque insiste na tese esdrúxula de perseguição política, quando realidade o que se tem é a apuração de uma tentativa de golpe de Estado.

O périplo golpista de “Dudu Bananinha”, alcunha que lhe conferiu o senador Hamilton Mourão (Republicanos-RS), resultou em investidas judiciais do presidente americano Donald Trump, por meio da empresa Trump Media & Technology, e da plataforma Rumble, que ingressaram com ação contra o ministro Alexandre de Moraes, do STF.

A manobra de Trump contra Moraes é um escárnio, que serve apenas para alimentar o falso discurso de que Jair Bolsonaro é perseguido, o que não condiz com a verdade.

Questionada sobre a ação contra Alexandre de Moraes, a plataforma sugeriu que o questionamento fosse direcionado à Casa Branca, o que comprova o objetivo do presidente dos EUA de externar apoio a Bolsonaro no âmbito do julgamento da denúncia apresentada pela PGR.

Não obstante, a juíza Mary S. Scriven negou nesta terça-feira (25) pedido de liminar protocolado pela plataforma Rumble e pela empresa de Trump para que ordens do ministro Alexandre de Moraes não sejam cumpridas nos Estados Unidos.

Por outro lado, no vácuo da sanha ditatorial liderada por Trump, um comitê do Congresso americano aprovou, nesta quarta-feira, projeto de lei que cria sanções contra o ministro Alexandre de Moraes. No Comitê Judiciário, a proposta “No Censors on our Shores Act” (Sem Censores em nosso território) estabelece a deportação e o veto de entrada nos EUA a qualquer estrangeiro que atue contra a liberdade de expressão, violando a Primeira Emenda da Constituição dos EUA.

Na sequência, o Escritório de Assuntos do Hemisfério Ocidental do Departamento de Estado norte-americano foi às redes sociais para fazer um alerta ao Brasil.

“Respeito pela soberania é uma via de duas mãos com todos os parceiros dos EUA, incluindo o Brasil”, afirmou a diplomacia americana na rede X.

“Bloquear acesso à informação e impor multas em empresas sediadas nos EUA por se recusar a censurar pessoas vivendo nos EUA é incompatível com valores democráticos, incluindo liberdade de expressão”, completou.

A decisão do Comitê Judiciário do Congresso dos EUA é fruto lobby rasteiro e criminoso feito por “Dudu Bananinha” Paulo Figueiredo, neto do ex-ditador brasileiro João Figueiredo (1979-1985) e que foi investigado pela Polícia Federal por envolvimento na tentativa de golpe de Estado no Brasil.

Nas últimas semanas, o filho de Bolsonaro e neto de Figueiredo bateram à porta dos gabinetes de deputados republicanos para pleitear apoio ao texto. Fazendo jus ao salário que recebe como deputado federal, Eduardo Bolsonaro deveria estarem Brasília defendo os interesses dos brasileiros e, acima de tudo, a democracia.

A decisão do Congresso estadunidense e a investida judicial da Trump Media e do Rumble servem para nada, exceto para dar guarida a um foragido da Justiça brasileira, no caso Allan dos Santos, que nos Estados Unidos continua alimentando a sanha golpista.

Mesmo assim, apesar dos fatos aqui narrados, a súcia bolsonarista insiste na defesa de anistia aos golpistas e na mudança da lei da Ficha Limpa. Em países que desdenham a democracia e o Estado de Direito, Jair Bolsonaro e sua trupe estariam atrás das grades. No Brasil, respeitado o direito ao devido processo legal e à ampla defesa, Bolsonaro corre o risco de ser condenado a mais de 40 anos de prisão.

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